domingo, 20 de abril de 2008

Imperdível

O editorial do jornal O Estado de S. Paulo, edição de l8/04/08, sob o título É público? Esbanje-se.

Clique aqui para ler o texto na íntegra.

5 comentários:

Anônimo disse...

Isso é o diabo. Não consigo ter acesso a esse Editorial. O assunto fez-me recordar de minha querida mãe que dizia sempre que eu estava desperdiçando comida: " Come essa comida menina malcriada, que não foi comprada com dinheiro público não!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Mando essa colaboração extraida do Blog do Eliomar de Lima. Denunciar esse absurdo nunca será demais.


ISTOÉ TRAZ MATÉRIA SOBRE "O VÔO DA SOGRA"



E a revista IstoÉ desta semana também registrou o caso do uso de jatinho fretado pelo governador Cid Gomes (PSB), no qual, em viagem pela Europa, ele levou até a sogra. Virou um verdadeiro massacre, digamos, moral da grande mídia a um gesto que, sem sombra de dúvidas, pegou mal, muito mal para a imagem do Ceará. Confira:


"O VÔO DA SOGRA
Governador do Ceará aluga jato com dinheiro público e leva família à Europa



A longa temporada de caça aos possíveis sucessores do presidente Lula na base governista – que já abateu José Dirceu, Antônio Palocci e feriu com gravidade Dilma Rousseff – agora atinge de raspão o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). O tiro não pegou Ciro, mas seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes. No Carnaval, Cid Gomes fretou um jatinho e viajou pela Europa, acompanhado de sua mulher, Maria Célia, de sua sogra, Pauline Carol Moura, e mais alguns assessores, também acompanhados das respectivas esposas. O vôo custou R$ 388,5 mil. A carreira política de Cid Gomes está inteiramente ligada à de seu irmão presidenciável. Foi pelas mãos de Ciro que Cid chegou ao governo cearense. Ciente do potencial explosivo ao ver o nome do irmão envolvido numa denúncia de uso de dinheiro público para financiar mordomias, Ciro esquivou-se de forma curta e grossa de qualquer comentário: “Não estou a fim de falar desse assunto.” O deputado estadual Heitor Férrer (PDT), autor do pedido de informações, desabafou: “Estamos diante não mais da casa da sogra, mas de um verdadeiro governo da sogra.”
A viagem começou no dia 30 de janeiro e estendeu-se até 9 de fevereiro. O grupo esteve em Madri, na Espanha, Londres, na Inglaterra, Edimburgo, na Escócia, Dublin, na Irlanda, e Berlim, na Alemanha. Além do preço do aluguel da aeronave, Cid e seu assessor receberam R$ 13,8 mil em diárias. Segundo o líder do governo na Assembléia Legislativa, Nelson Martins, do PT, tratou-se de uma viagem de trabalho. Cid participou de uma feira de turismo na Espanha e de dois seminários, sobre fruticultura e energias alternativas, na Alemanha e na Escócia, respectivamente. Também teve contatos com organismos como o Banco Mundial, em busca de recursos para o Ceará.
O jato teria sido alugado porque Cid não conseguiria cumprir em tão pouco tempo a agenda de viagens com vôos comerciais. O que impressiona, porém, é a presença da sogra do governador no tal vôo de trabalho. Em momentos diferentes, Martins tentou justificar a presença. “Ela pagou a despesa dela”, disse, primeiro. “Ela contribui com o Estado”, afirmou, em outro momento. Cid Gomes, em viagem à Ásia na semana passada (desta vez, em vôo de carreira, sem a companhia da mulher ou da sogra), não comentou o caso."

Postado por Eliomar de Lima às 08:30

Anônimo disse...

Agora sim, Dr. Lúcio....Agora li o Editorialzão do Estadão. Dá nele saudade, dá nele..................

Anônimo disse...

Do blog do Eliomar de hoje:




No caso em tela, viva a grande mídia, meu caro Eliomar. E quanto à mídia do Ceará, salve o seu exercício dígno do jornalismo. Aqueles que pedem repressão aos flanelinhas, ao barulho de bares, aos camelôs da rua do Mercado Central e da Beira-Mar, dessa vez botaram a violinha no saco e pediram moderaçao, tudo para proteger os Ferreira Gomes. A forma como se deu a viagem do Governador é um flagrante caso de improbidade, apimentado pela arrogância típica das classes médias e altas de Fortaleza e de Sobral, que se imaginam latifundiárias da fé pública. Ora, há ainda muito a ser investigado pelo bom jornalismo, como os próprios objetivos e resultados da viagem no que diz respeito ao interesse público, as despesas com alimentação, hospedagem, com o deslocamento da comitiva em cada país visitado, as despesas com cartões corporativos, etc, etc. Além de improbidade, o caso coloca em questao a confiança da sociedade em seu governador. Ou ele pede desculpas concretas ou deve pensar em renúncia. Estou exagerando? Talvez, para os padrões das elites cearenses, especialmente fortalezences e sobralenses, de compadrio, de familismo, de servilismo, de relações incestuosas entre os setores públicos e privados, de empáfia e arrogância, de puxa-saquismos, sim. Aqui em Ottawa, um Ministro de Estado que desrespeitou a ordem de um guarda de trânsito para que não ocupasse vaga de estacionamento de carro na sede do Parlamento não destinada a autoridades, viu-se diante desse dilema e teve que se desculpar de forma pública e formal para não renunciar ou ser defenestrado do cargo. A imprensa daqui deu ampla e visível cobertura ao caso. As desculpas concretas nao significam retórica culposa. Significam antecipar-se a qualquer manifestação do Ministério Público e do Poder Legislativo e ressarcir o Estado das despesas, de todas as despesas pagas por nós, pela viagem turística das esposas dos dois Secretários e da sogra do governador. O deputado Heitor Ferrer nao está nada pesaroso pelo resultado de sua açao. Basta ler o que ele disse, sem lamúrias,à Isto É, por você reproduzido acima. Querer abrandar o fato recorrendo à seriedade do governador é querer mudar o foco do problema para tergiversar. Nada de comedimento, nada de amornar, nada de conversa mole. Comedimento sim, mas em favor da apuraçao da verdade, sem espetacularizaçao, o que nao significa sigilo nem silêncio midiático na sua apuraçao. O Estadão sai com Editorial sobre esse turismo governamental espúrio. A mídia do Ceará deve issso aos seus leitores e ouvintes. Deve, também, um mínimo de investigacao jornalística, para incluir, além do mais, a reação da esquerda (PC do B, PT e suas faccoes Socialistas e similares), do vice-governador, da CUT, da Prefeita,da atual direçao do PDT, do Deputado Ciro Gomes,do senador Tasso Jdereissati, assim como da Senadora Patrícia Saboya e de seu suplente, Flávio Torres, do PDT, e do Ministério Público, além de abrir espaços para as manifestações dos deputados Heitor Ferrer e Adahil Barreto Cavalcante. Veja, Eliomar, eu nunca fiz (e jamais farei) do exercício político um meio para o denuncismo moral oportunista e eleitoreiro. Mas, como no atual esquema de poder do Estado estao os useiros e vezeiros da cruzada udeno-moralista, minha posiçao é de cobrança severa. Com isso nao só pretendo reforçar os objetivos republicanos dos que levantam suas vozes e seus clamores pela apuracao da verdade, como deixar provado que todo aquele que faz do discurso moralista para ganhar eleiçoes e poder na mídia, nao passam de falsos moralistas. Atenciosamente, Pedro Albuquerque, de Ottawa (Canadá).

20 de Abril de 2008 14:23

Anônimo disse...

Extraido do Jornal OPOVO DE HOJE - DIA 21 de abril de 2008 - Dia friado em comemoração ao Mártir Joaquim José da Silva Xavier - o TIRADENTES.

O núcleo do Ministério Público que acompanha a viagem da
comitiva do governador para a Europa reúne-se na próxima quarta-feira para discutir quais providências tomar. O núcleo é composto por três promotoras: Socorro Brito, Jaqueline Faustino e Elaine Maciel. A julgar pela conversa que as três mantiveram na última quinta-feira, a tendência é pela abertura de um inquérito civil para apurar os detalhes da viagem.

O Governo Cid Gomes atravessou sua pior semana desde que
a atual administração teve início. Cid conseguiu uma rara unanimidade - contra, obviamente - desde que vieram à tona as informações sobre sua comitiva na viagem que fez à Europa, em fevereiro. Do Editorial do Estadão ao sempre bem escrito artigo de Roberto Pompeu de Toledo, da Veja, a viagem do governador transformou-se em tema obrigatório. O caso revela muito de como a mistura do público com o privado continua entranhada na nossa cultura política, mas não apenas isso. Revela também como ainda impera a idéia de que as questões de Estado dizem respeito apenas aos representantes do Estado, e não a seus representados. No fim de março, Cid demostrou irritação no programa Jogo Político, da TV O POVO, ao ser questionada sobre a viagem. "Qual é a tese? Dizer que sou gastador? Que estou esbanjando dinheiro público? Essas coisas têm limite. Não vou me submeter à demagogia barata". O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Paes de Andrade, poderia dizer a mesma coisa quando, em 1989, logo ao assumir interinamente a Presidência da República tratou de levar uma considerável comitiva de assessores e jornalistas à Mombaça, sua terra natal. A história é conhecida. Paes encheu um avião com seus convidados e o caso Mombaça entrou para o folclore político nacional. Olhando em retrospecto, parece claro que o governo fez uma aposta consciente por minimizar o caso, como se o desgaste pudesse ser contido em um círculo de meia dúzia de formadores de opinião. Foi um erro. Há um componente autoritário neste tipo de discurso, que desqualifica a oposição e minimiza a importância da transparência dos dados públicos. Tivesse admitido logo o problema, e se proposto a corrigi-lo , a situação estaria resolvida hoje. Como não o fez, resta-lhe pagar o preço da escolha - e a conta será debitada diretamente com derretimento da imagem de bom administrador e a construção de outra, associada à falta de senso no uso dos recursos públicos. Quanto mais tempo levar, maior será essa conta. >> LEIA MAIS NO BLOG > blog.opovo.com.br/politica ERICK GUIMARÃES ESCREVE A COLUNA àS SEGUNDAS-FEIRAS