quarta-feira, 30 de abril de 2008

A frase do dia

O tempo libera o homem das inquietações.

Terêncio

2 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Lúcio, livre de inquietações, como viu a ida do cid gomes à Assembléia para pedir perdão pelo erro que não cometeu?!!!??

Célio Ferreira Facó disse...

Diz José Saramago: o homem é o ser que não deu certo, ri e chora. Certo os homens medem-se em situação. Melhoram, apuram forças e talentos no contraste, na divergência, no confronto, na adversidade. A dúvida, a revisão e mesmo a conversão perseguem-nos sempre, até o último dia, o que não justifica a traição, a covardia, a omissão e o abandono ante os amigos, os conhecidos. Isto a humanidade deveria ter aprendido com a história, que gerou, ao cabo de muitos séculos e labutas, certa democracia (breve, incipiente), alguma justiça (em permanente discussão), umas poucas certezas nas ciências, surpreendente beleza nas artes. Estas não se alicerçam em dogmas; são antes fruto da razão exercitada, revista, corrigida. Pelo geral, a humanidade é frágil: uma dor de barriga costuma minar o mais sólido dos caracteres. E dobre: Deus e o Demônio, a virtude e o mal parecem habitar cada um, todos. Há uns poucos, muito bons, raríssimos, imprescindíveis, completamente imprevisíveis, inexplicáveis neste semi-hospício do Universo (disse-o Voltaire) que parece ser a Terra: tornam-se grandes líderes morais, espirituais, eternos, universais.