A instituição de um Ombudsman foi um marco na evolução conceitual do jornal O Povo. Hoje, já é uma tradição. A função atualmente é desempenhada pelo brilhante jornalista Paulo Verlaine.
Na sua coluna de domingo último, 2 de março, sob o título Manchete infeliz, o Ombudsman aborda, motivado, segundo ele, por diversos comentários dos próprios leitores, a impropriedade no tratamento dado pelo jornal à visita do Presidente Lula ao Ceará.
Na sexta-feira anterior, 29 de fevereiro, O Povo abriu a capa da sua edição com foto de seis colunas, ponta-a-ponta, em que Lula cumprimentava a Prefeita Luizianne Lins no palanque, adornada pela manchete Lula faz defesa de Luizianne.
Pelo comentário do Ombudsman, a edição da capa deu margem para que os leitores questionassem a neutralidade do jornal na cobertura dos fatos relacionados ao discutível desempenho da atual Prefeita e à próxima campanha eleitoral, no segundo semestre deste ano.
Corroborando a percepção dos leitores, Paulo Verlaine avalia que, "seria salutar" que uma maior atenção com a neutralidade do veículo "estivesse refletida na vitrine do jornal, a primeira página".
Leia a coluna do Ombudsman na íntegra aqui.
terça-feira, 4 de março de 2008
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8 comentários:
Ainda bem que o ombudsman do O Povo é realmente um homem sério e isento. O jornal, por outro lado, vem se mostrando nada neutro em relação às gestões na prefeitura e no governo do estado.
Que vergonha eu senti, como assinante de O Povo há quase dez anos, quando vi aquela capa. Campanha eleitoral descarada. Sem sutileza, sem talento, sem pudor.
Avisa lá que o patrimônio de um jornal é a sua credibilidade. Avisa lá que Notícia não é banca de secos e molhados. Avisa lá que o leitor não é o idiota que eles imaginam. Avisa lá que "deu na vista".
A agressividade com que o jornalista Fábio Campos comentou a pensão de ex-governador solicitada por Lúcio Alcântara é inversamente proporcional à delicadeza com que tratou da viagem de Cid Gomes com toda a família para aEuropa em jatinho fretado com dinheiro público - o seu, o meu, o nosso.
ou o jornal o povo adota postura isenta (o que não tem sido o caso em todas as eleições, principalmente a última de governador quando assumiu clara e incontestavelmente a candidatura do cid) ou faz logo como O New York Times, declara em editorial sua preferência e apoio.
caso não faça nem uma coisa nem outra só resta ao eleitor, aos partidos políticos, aos blogueiros e à imprensa livre denunciar e desmoralizar o jornal.
Através deste Caderno, PROTESTEI CONTRA A CAPA de O Povo do último 29. De propósito ou tolamente favorável a Luizianne como candidata, apresentava-a, naquela edição, em larga figura, tons avermelhados, como a mostrar os seus PADRINHOS, cabos eleitorais: ninguém menos que Cid Gomes e Lula. Não é grande mal que tenha a sua preferência política este Jornal. Acho mesmo que deveria declarar a sua escolha. Jornais americanos, europeus já o fazem, sem deixar de cometer bom jornalismo. Entre nós, todos, cada um, mais ou menos esclarecido, a têm. Caiu, porém, em contradição consigo mesmo O Povo, por que espontaneamente publicou um manualzinho mínimo, equivocado, sobre a própria isenção nestas eleições municipais. Chamou-o de Regras de Conduta e Posturas – Eleições 2008. Para impedir que os seus jornalistas manifestem, dentro e fora do ambiente de trabalho, as suas “preferências político-partidárias”. A menos que reconhecesse que as tais regras só se dirigem aos porteiros e estagiários da Casa, aquela capa não poderia ter sido editada, publicada.
Já a um ano e meio deixei de assinar o jornal O povo. Não dá para ingenuamente compactuar com a dissimulação e mesquinhez do jornal fomentada na ultima década pela atual administração, e que é aplicadamente levada a termo pela redação.
Como já tinha dito anteriormente,
o jornal já perdeu a timidez, a compostura e qualquer pudor, estando perto algumas figuras de demonstrar a falta de caráter.
A capa criticada pelo ombudsman(que não irá perder o emprego, apenas servirá como álibi para o jornal, que continuará ignorando solenemente as suas queixas e agindo exatamente como vem fazendo) é só mais um dos exemplos das preferências (re)veladas de um jornal que se proclama isento e está a léguas de sê-lo.
Como essa sintonia de interesses ainda vai fazer mal ao Ceará, meu Deus!!!
Hora amigos, como vocês querem que o jornal seja imparcial se o rapaz que escreve a coluna de politica, o sr Fábio Campos tem interresses pessoais no governo do estado e na prefeitura? Ao que consta o jornalista namora a cunhada do secretário de esportes, sr Ferrúcio Feitosa( Gov do estado) e é amigo pessoal da prefeita Luiziane Lins( passando inclusive o reveillon com ela no hotel holliday in-Beira mar de Fortaleza).Lógico que o jornalista tem que pegar leve quando o assunto são seus protegidos,já no caso de acusar o ex-governador Lúcio ,que pleiteou um direito adquirido, ele tenta queimar a imagem do Dr.Lúcio já que o mesmo sendo candidato a prefeito se torna um risco a não reeleição da amiguinha prefeita.Se esse jornal fosse sério, não aceitaria esse apadrinhamento. Pra mim o Sr Fábio não tem moral nenhuma pra escrever essa coluna, já que usa de 2 pesos e 2 medidas.
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