Natal
Na rede alva
De varandas largas
Deitei o sonho do menino
Embalado pelo
Devaneio do vento.
Na noite de Natal
O sonho morreu.
Papai Noel nunca apareceu,
Porque em casa
Não havia chaminé,
E as ruas da cidade
Não tinham a neve dos trenós.
Os que me mandavam presentes
Nunca souberam
Que os sonhos da criança
Valiam muito mais
Que as prendas de Natal.
Lúcio Alcântara
sábado, 22 de dezembro de 2007
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2 comentários:
Parabéns pela poesia e pelo lançamento do livro. O clima de Natal tomou conta de todos os amigos presentes à festa.
Feliz Natal!
Ocorre-me Victor Hugo: "Não acorde um escravo que dorme; ele estará talvez a sonhar que é livre". Com efeito, que deixemos assim invadir-nos todas as manifestações da vida coletiva esta quase religião do neoliberalismo, com o afã ubiquo do lucro, será talvez o maior caso da nossa cegueira social, imbecilização coletiva. Hoje já não há festa, celebração, manifestação em que não entrem, como atravessadores, as bancas dos negócios, a lucrar sobre nossas instituições culturais - as sociais e, até, as individuais. Pena é. Das maiores que já pôde sofrer a humanidade, a exigir correção de rota. Esta, quando virá? Já quase não há agora quem veja no Natal mais que a estação de compras, dívidas excedentes - muito longe do espírito de comunhão, compaixão cristãs.
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