quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Poesia

Todos os caminhos - nenhum caminho
Muitos caminhos - nenhum caminho
Nenhum caminho - a maldição dos poetas

Manoel de Barros

Um comentário:

Célio Ferreira Facó disse...

Quis comentar, glosar este texto; mas a sua brevidade deixa-o demais aberto à conotação. Ou se refere a isto mesmo: a pluralidade, multiplicidade da poesia ante a contingência e as efemérides da vida, da existência? A poesia tudo vê, sente, antecipa, guia, qual outra Beatriz a conduzir Virgílio pelo tempo. Fica a poesia no limiar da existência entre o real e o fictício, mas não menos real.