A bela canção belga, na fantástica interpretação do também belga Jacques Brel, bem poderia servir de dístico à Bélgica, cuja unidade está ameaçada pelo radicalismo divisionista de valões e flamengos. Há 160 dias sem Governo, porque os partidos políticos não conseguiram formá-lo após as eleições, começam a surgir movimentos de valorização dos poucos símbolos da unidade nacional entre os quais está a monarquia.
O Rei Alberto II ao perceber a gravidade da situação, na condição de Chefe de Estado, empenha-se em dialogar com as forças políticas em busca de solução para o problema. Rivalidades antigas, diferenças linguísticas e culturais, desigualdades regionais de renda e desenvolvimento, separam as duas etnias artificialmente unidas para formar o jovem País.
Não obstante o impasse criado, o País funciona perfeitamente. Os trens partem no horário, Bruges enxameia de encantados turistas, os afamados chocolates continuam deliciosos, assim, as gaufres, moules frites fazem a alegria dos glutões. E as mais de 400 diferentes cervejas continuam disponíveis.
A Grande Place continua formosa e o Manekeen verte água regularmente. Dá para perguntar, diante do desinteresse da sociedade pela política: então, para que servem políticos e governos?
Curioso é que Bruxelas, capital do País, sedia a administração da União Europeia, um bem sucedido projeto de integração em permanente expansão, que substituiu moedas pelo euro e edita leis que alcançam os Estados que a integram. Entretanto, os separatismos não calam.
Eclodem conflitos e ambições nacionalistas por toda parte. Escoceses, galeses, catalães, bascos, corsos, madeirenses, entre outros, todos gozando de crescente autonomia, chantageiam governos centrais por mais recursos, acenando com o fantasma da independência.
É o paradoxo europeu, feito dos movimentos contraditórios de união e fragmentação, alimentado ao mesmo tempo pela racionalidade econômica e a força das culturas reprimidas, mesclada a oportunismos locais.
Para ouvir algumas interpretações de Ne me quitte pas clique aqui.
O Rei Alberto II ao perceber a gravidade da situação, na condição de Chefe de Estado, empenha-se em dialogar com as forças políticas em busca de solução para o problema. Rivalidades antigas, diferenças linguísticas e culturais, desigualdades regionais de renda e desenvolvimento, separam as duas etnias artificialmente unidas para formar o jovem País.
Não obstante o impasse criado, o País funciona perfeitamente. Os trens partem no horário, Bruges enxameia de encantados turistas, os afamados chocolates continuam deliciosos, assim, as gaufres, moules frites fazem a alegria dos glutões. E as mais de 400 diferentes cervejas continuam disponíveis.
A Grande Place continua formosa e o Manekeen verte água regularmente. Dá para perguntar, diante do desinteresse da sociedade pela política: então, para que servem políticos e governos?
Curioso é que Bruxelas, capital do País, sedia a administração da União Europeia, um bem sucedido projeto de integração em permanente expansão, que substituiu moedas pelo euro e edita leis que alcançam os Estados que a integram. Entretanto, os separatismos não calam.
Eclodem conflitos e ambições nacionalistas por toda parte. Escoceses, galeses, catalães, bascos, corsos, madeirenses, entre outros, todos gozando de crescente autonomia, chantageiam governos centrais por mais recursos, acenando com o fantasma da independência.
É o paradoxo europeu, feito dos movimentos contraditórios de união e fragmentação, alimentado ao mesmo tempo pela racionalidade econômica e a força das culturas reprimidas, mesclada a oportunismos locais.
Para ouvir algumas interpretações de Ne me quitte pas clique aqui.
Um comentário:
Dr. Lúcio pelo seu blog temos a oportunidade de entender não só o cenário político local e nacional e também as questões das relações internacionais.
Parabéns por este blog.
Postar um comentário