segunda-feira, 5 de novembro de 2007

FMI


O Fundo Monetário Internacional (FMI) pregou enfaticamente aos governos austeridade nos gastos e o equílibrio de suas finanças.
Para emprestar dinheiro aos países em crise, impunha exigências rigorosas que afetavam a soberania nacional. Esqueceu de cuidar de suas próprias contas.

Em 2007, o déficit foi de 69 milhões de dólares. Pelas projeções, crescerá até 2010, quando atingirá a cifra de 245 milhões de dólares. A carteira de empréstimos caiu de 70 bilhões de dólares em 2003 para 7,3 milhões este ano, excluído o calote de algumas nações africanas.

Funcionários numerosos, mais de três mil, salários elevados aliados à dificuldade em cortar gastos, tornam difícil a tarefa do novo diretor, o francês Strauss-Kahn.

Está aí um exemplo do faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Saiba mais em "O Globo", edição de 02/11/07.

2 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

DRACONIANAS prescrições quis sempre o FMI apresentar ao governo brasileiro: promover reformas político-administrativas; reduzir a meta de inflação; aumentar o superávit primário; liberalizar o comércio; mexer, alterar as leis trabalhistas. Todos sabem que esta política não raro levou à ruína os países que a adotaram, sobretudo os latino-americanos. Recentemente a Argentina, sob Nestor Kirchner, no vórtice de tremenda crise fiananceira, pôde dela sair-se NÃO adotando-a e ainda recusando-se a pagar parte importante da dívida pública nacional. O governo federal brasileiro, ao contrário, antecipou desnecessariamente o pagamento da dívida externa e, SUBSERVIENTE, esmera-se ainda em perfazer com zelo, a despeito dos interesses nacionais, todas as outras medidas.

Célio Ferreira Facó disse...

Dia de Finados, lembranças de muitos. DOLOROSO concluir como quase nada aprende uma geração, um indivíduo com os erros e acertos dos seus antepassados. Quase ao ponto de poder concluir que a Moral, ao contrário das ciências, não evolui pelo menos desde o fim da pré-história, depois das conquistas iniciais das primeiras civilizações, no Oriente Médio. Cometem-se por toda a parte os mesmos erros de avaliação, as mesmas imprudências. Alvin Toffler, no seu A Terceira Onda, identificou-nos três grandes épocas de avanços tecnológicos inegáveis desde então: a agricultura, a Revolução Industrial, a informática. Todas verdadeiras revoluções culturais, totais, globais. Na Moral, na conduta prática da vida, porém, é como se o homem atual, a bordo de computadores e de telefones móveis, pensasse e agisse como na Antiguidade o soldado romano ou qualquer dos judeus a atravessar o deserto rumo à Terra Prometida. Não por acaso, recentemente, compôs José Saramago um Ensaio Sobre a Cegueira a envolver todos de um lugar. É mais ou menos a metáfora que aplicar geralmente.