sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Demolição

Em Salvador, no Estado da Bahia, ruiu parte do estádio da Fonte Nova, cuja interdição havia sido pedida há dois anos pelo Ministério Público, provocando mortes e ferimentos em torcedores.

No Estado do Pará, uma jovem, menor de idade, presa em uma delegacia em meio a vários homens, sofreu abusos sexuais.

Os governadores dos dois estados anunciam o propósito de demolir as duas construções. É como se a destruição do cenário revogasse o crime.

Se a moda pega, corremos o risco de assitirmos a um bota-abaixo nacional.

2 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Virá, um dia! Essa “demolição” geral, nacional. Por ela esperam todos os homens bons deste País. Corresponderá à grande Revolução espiritual, como a chamava Thomas Carlyle! A Revolução, permanente libertadora! Acabará com a impunidade, a corrupção, a pobreza, os potentados oligárquicos. Suprimirá a hegemonia criminosa do neoliberalismo, essa religião. Dividirá a renda, os direitos. Restabelecerá a República para os brasileiros. Não se dará pela guerra civil. Não corresponderá a qualquer destes projetos de reformas hoje alinhavados no Congresso e no Palácio presidencial a custa de fisiologismos. Fazê-la será a obra das gerações futuras; prepará-la hoje é a tarefa dos que resistem, dos que se indignam, dos que conservam a ética e o sonho.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

A grande coincidência dessa história é que os dois governadores são do PT. Isso só reforça e "universaliza" a tática de gestão. Não existe mais surpresa nenhuma nessa forma petistas de governar.

Faz lembrar aquela piadinha, do cara que flagra a mulher praticando o adultério com um amigo no sofá da sala e decide a questão queimando o sofá.

Aliás, uma demolição com implosão, TV, câmeras e ação é uma boa fonte de pirotecnia, né? E nisso o partido é craque, é mesmo imbatível. Depois, é só jogar o prejuízo na tal da herança maldita...

É osso!

Cris