O historiador inglês Eric Hobsbawn (foto: Eduardo Martino), aos 90 anos, continua lúcido e de esquerda. Em entrevista à "F. de S. Paulo", de 30/09/07, prevê o fim do império americano e afirma que as idéias não viajam de tanques, e que o mundo é hoje muito complexo para ser dominado por um único país.
O império não permanecerá, diz ele, porque as fragilidades da economia americana vão requerer mudança de prioridades para atender às questões internas. Ressalta que valores não são impostos a outros povos pelas armas. Argumenta com o exemplo francês, apontando a difusão das idéias da Revolução Francesa por todo o mundo e o fracasso gaulês, quando tentou impor-se pelo poder militar.
O império pode acabar, admite Hobsbawn. Como, aliás, acabaram todos. Só não se sabe é quando. O que não tem fim mesmo é a história, como imaginou um pretencioso acadêmico americano, de nome Francis Fukuyama, salvo engano.
O império não permanecerá, diz ele, porque as fragilidades da economia americana vão requerer mudança de prioridades para atender às questões internas. Ressalta que valores não são impostos a outros povos pelas armas. Argumenta com o exemplo francês, apontando a difusão das idéias da Revolução Francesa por todo o mundo e o fracasso gaulês, quando tentou impor-se pelo poder militar.
O império pode acabar, admite Hobsbawn. Como, aliás, acabaram todos. Só não se sabe é quando. O que não tem fim mesmo é a história, como imaginou um pretencioso acadêmico americano, de nome Francis Fukuyama, salvo engano.
2 comentários:
Dá agora sinais de fracasso o império americano. Por ali talvez os democratas se esforcem por adiar o naufrágio, mas chegam tarde. Podem enganar por algum tempo; os jogos, a sorte, porém, estão lançados. Na Ásia despertam gigantes como a China, a Índia, cujas economias crescem agora a taxas vigorosas. Ocorre que o próprio governo americano lança-se em empresas atrozes em busca de benefícios e economias materiais, como a invasão do Iraque. Contesta também o poderio americano a ação radical, terrorista, do fundamentalismo islâmico. Situação e problemas a exigir que o atual presidente lhes fosse um grande, ousado estadista, como Lincoln, como Roosevelt – verdadeiros gigantes ante a pequenez de visão e de atitudes de um George Bush Júnior.
"Somos um país viciado em gasolina". Pela primeira vez, tenho que concordar com George Bush.A que custo, para nós, inclusive, eles estariam dispostos a renunciar ao modelo insustentável?
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