A Prefeitura do Rio e o Governo de São Paulo decidiram acelerar a implantação nas escolas públicas o sistema de ciclos. A consequência imediata da providência é o fim da reprovação do aluno. Haverá promoção para a série seguinte independentemente do desempenho escolar. Acaba-se com o represamento de alunos em séries incompatíveis com a idade, evitando-se ainda comprometer a auto estima da criança.
Em tese, os conteúdos não assimilados pelo aluno seriam absorvidos nas séries seguintes mediante acompanhamento pedagógico, reforço escolar, etc. Os que defendem o método consideram que a seriação com avaliação e repetência em nada ajudam o sistema escolar e o próprio aluno.
A questão não é pacífica. Pais de alunos e professores nas duas cidades têm se mobilizado contra a decisão do Prefeito e do Governador. Quando fui candidato na última eleição a pergunta sobre a adoção do sistema de ciclos surgia com frequência. Em discussão com especialistas em educação sobre o tema costumava fazer-lhes uma pergunta: se isso é bom, por que as escolas particulares não o implantam? Fica aí sugestão para um bom debate, que pode ajudar a lançar mais luz sobre o assunto.
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5 comentários:
Não acredito que essa idéia de ciclos seja positiva. Se no sistema atual (de escolas particulares e públicas) já é difícil acompanhar o rendimento dos alunos com aproveitamento normal, quem dirá orientar e ensinar os alunos com deficiências passadas..Vai ser uma bola de neve, fazendo os alunos ficarem totalmente perdidos, séries depois, acumulando novas matérias que necessitam de pré-requisitos não aprendidos. Não aprenderam o q já passou e nem o farão no futuro..
Não sou especialista no assunto mas desconfio que o atual currículo é muito extenso. Muitos informações que estão inseridas nas grades curriculares estão facilmente disponíveis em todolugar, o que os alunos precisam aprender é onde e como buscá-las e saber o que fazer com elas.
O sistema de ciclos resoloverá a defasagem idade-série mas aptrofundará o problema aprendizagem-idade-série.
Os "Ciclos" foram criados, se não estou enganado, para equacionar a distorção idade/série no ensino público. Se se tornarem permanentes, são a confissão pública de que a citada distorção continua a ser fabricada. Resumindo, a constância dos Ciclos é a confirmação do fracasso da escola.
Ou sou muito tolo, ou sou um gênio e não sei. Enquanto os especialistas discutem teses e mais teses sobre os problemas da Educação, principalmentes aqueles especialistas em estatísticas e que não sabem o que é uma sala de aula, para mim os problemas e soluções da Educação me parecem tão óbvios. E passam distante de laboratórios de informática de mentirinha ou salas de multimeios de faz de conta.
Acho interessante discutir os problemas da Educação e não ouvir seu operador principal, o professor.
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