No ex-blog do César Maia há hoje menção a artigo publicado no El País, jornal da Espanha, sobre o tema atual, e muito antigo, da traição na política. Por achar oportuno o comentário, e de qualidade, transcrevo o texto inicial do mesmo, conforme a fonte a que me referi.
A POLÍTICA COMO TRAIÇÃO!
A) Trecho inicial do artigo de Andrés Ortega em El País.
1. Nenhuma outra atividade, como a política, no sentido da luta pelo poder, implica tanta disposição a trair os mentores que se apresentam como companheiros ou amigos.
2. Maquiavel situou a traição dentro da "virtú" política, que pouco tem a ver com a moral e com o ódio.
3. A traição pode plasmar a dialética hegeliana (só que sem a idéia de progresso) na qual se nega o anterior : não se trai para ser igual ao traído. Isso explica que alguém que estava trabalhando com seu predecessor acabe sendo muito diferente ao chegar à cúspide.
4. Para ser traidor deve se ter resistência. As traições ocorrem dentro de uma mesma família (política). Não se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, dentro do próprio grupo. Os desdobramentos nem sempre são pacíficos
B) Início de legislatura em 1937.
Churchill - já deputado veterano- degustava seu charuto, aguardando a primeira sessão. Senta-se a seu lado um jovem e estreante deputado, e puxa conversa, apontando para a bancada da frente, simétrica, dos deputados do outro partido, e diz:
-É deputado... ali na frente estão os nossos inimigos. Churchill reagiu de bate-pronto:
-Inimigos, não. Ali estão os nossos adversários. Nossos inimigos estão aqui atrás.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
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2 comentários:
Eita, Dr. Lúcio.
De traição o senhor entende pois foi vitima de muitos trairas nesta eleição.
Mas o tempo é senhor da razão e vai mostrar no futuro, quem é quem.
João Paulo
Olha o nosso Churchill, "o ídolo"!
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