Em Lisboa foi anunciado o encerramento do Hospital Miguel Bombarda para doentes mentais. Restam 27 doentes internados há mais de 40 anos com idade média de 68 anos.
Parte deles irá para o Hospital Júlio de Matos ; aqueles com mais autonomia e potencial de reabilitação irão viver em uma residência com poucos leitos e cuidados pessoais numa tentativa de inserção social.
A providência se insere no bojo da reforma psiquiátrica que pretende extinguir os grandes hospitais de alienados, humanizar o atendimento ao doente mental e evitar sua exclusão social.
A ênfase será dada ao tratamento ambulatorial limitando as internações aos casos inevitáveis e ainda assim por curto período.
No terreno do hospital serão construidos prédios de apartamentos, preservados o edifício principal e outras duas dependências já tombadas, o balneário D. Maria II e o pavilhão de segurança.
Este último, um edifício circular, pan-ótico, destinado à vigilância de doentes perigosos internados em 26 celas tem interesse arquitetônico.
Portugal dá com a extinção do Miguel Bombarda mais um passo para modificar o modelo anacrônico de atenção psiquiátrica que confina doentes condenados ao esquecimento e à brutalização.
Quando Senador fui relator do projeto de lei que reformulou a assistência psiquiátrica no Brasil.
Foi uma das experiências mais dolorosas que tive ao longo de minha vida pública assediado que fui por representações de familiares de doentes mentais manipulados por interesses empresariais.
Foi dificil conviver com a dor e o sofrimento das famílias intrumentalizadas pelos donos de grandes manicômios espalhados pelo país.
Minhas ideias não prevaleceram integralmente mas a nova lei inovou no atendimento psiquiátrico entre nós.
Saiba mais no jornal Expresso, edição de 09/04/11
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2 comentários:
Caro Dr. Lucio, hoje eu estou "preso" em minha própria casa refém de um filho doente mental, ele é esquizofrenico, bipolar, psicótico, dependente quimico, muito agressivo, intimidador toma em média 15 comprimidos por dia.
Esta politica de não manter internados os doentes mentais que precisam de longos periodos de internações fez com que toda a minha familia amendrontada das constantes crises de meu filho se afasta-se do seio e convivio familiar.
Esta doença mascara completamente a verdadeira dimensão do risco que corremos na convivencia com nossos entes.
Infelizmente a saude publica do Brasil neste tocante ignora completamente e solenemente a dor que as familias sentem por serem leigas e acharem que irão conseguir resolver esta doença EVOLUTIVA com orações, benzeduras e outras crenças religiosas.
Fazem 18 anos que cuido de meu filho, hoje ele tem 32.
Ontem dia 05/05/2011 após um periodo de 67 dias em que mais uma vez ele esteve internado através do SUS, e mais um vez eu estava tentando resolver judicialmente a questão, a clinica sem dó nem piedade disse que meu filho estava de alta motivada por norma do SUS que limita em 60 dias a internação psiquiatrica, sendo assim eu tentei justificar que somente eu posso cuidar dele e que estava impossibilitado e ausente de minha casa e portanto não poderia recebe-lo, e ainda disse que eles receberiam uma citação Judicial nos proximos dias dando-lhes respaldo para mante-lo internado até que houve-se uma decisão Judicial, sabe o que aconteceu, eles enganaram meu filho, colocaram-no numa ambulancia e o largarama a própria sorte, sem dó e nem piedade, na calçada de minha casa, sabendo que não haveria ninguém para recebe-lo, e foram embora, ou seja ele foi largado na rua como um NADA, desta vez eu fiz um boletim de ocorrencia, quem sabe haverá alguma justiça.
É muita humilhação, não é, como o SUS e seus associados pode achar que todos os casos psiquiatricos são resolviveis em até 60 dias, isto para mim mais parece uma sentença de morte para as familias, pois a familia esta sempre de sobre-aviso e certa de que a dor esta sempre na espreita pronta para atacar a todos que convivem com o doente.
Outra questão e o comprometimento da renda familiar e do rendimento profissional, "todos nós de classe média e pobre, ou seja 90% da população" e que convivemos com o doente deixamos de produzir riqueza para o Brasil e geramos mais doentes periféricos, minha filha tornou-se uma pessoa fria e passou por várias depressões, não pode nunca trazer suas amiguinhas para casa como as outras, meu outro filho ficava fora de casa 18 horas por dia com medo do que poderia ser vitima, minha mulher teve depressão profunda devido a sua incapacidade de cuidar dele, eu sou um homem que não posso ter um emprego fixo normal, pois vivo constantemente de sobre-aviso, tenho que me ausentar várias vezes por vários dias para conter as crises dele, e assim por diante, agora os ricos, poderosos e politicos, pagam as melhores clinicas sem nenhum tipo de pressão para retirar seus filhos de lá, e conseguem assim continuar vivendo e produzindo.
Se voce tiver interesse em saber o nome da "Casa de Saude" que fez o mais recente absurdo com meu filho entre em contato comigo, meu nome é Paulo Morelli e o meu email é morellipaulo@bol.com.br
Quem sabe um dia, depois de muita tragédia familiar e social, voces médicos legisladores consigam entender e resolver de fato esta questão,eu costumo dizer, só quem tem um filho com esta doença sabe exatamente a dimensão do estrago causado no seio familiar.
Caro Dr. Lucio, hoje eu estou "preso" em minha própria casa refém de um filho doente mental, ele é esquizofrenico, bipolar, psicótico, dependente quimico, muito agressivo, intimidador toma em média 15 comprimidos por dia.
Esta politica de não manter internados os doentes mentais que precisam de longos periodos de internações fez com que toda a minha familia amendrontada das constantes crises de meu filho se afasta-se do seio e convivio familiar.
Esta doença mascara completamente a verdadeira dimensão do risco que corremos na convivencia com nossos entes.
Infelizmente a saude publica do Brasil neste tocante ignora completamente e solenemente a dor que as familias sentem por serem leigas e acharem que irão conseguir resolver esta doença EVOLUTIVA com orações, benzeduras e outras crenças religiosas.
Fazem 18 anos que cuido de meu filho, hoje ele tem 32.
Ontem dia 05/05/2011 após um periodo de 67 dias em que mais uma vez ele esteve internado através do SUS, e mais um vez eu estava tentando resolver judicialmente a questão, a clinica sem dó nem piedade disse que meu filho estava de alta motivada por norma do SUS que limita em 60 dias a internação psiquiatrica, sendo assim eu tentei justificar que somente eu posso cuidar dele e que estava impossibilitado e ausente de minha casa e portanto não poderia recebe-lo, e ainda disse que eles receberiam uma citação Judicial nos proximos dias dando-lhes respaldo para mante-lo internado até que houve-se uma decisão Judicial, sabe o que aconteceu, eles enganaram meu filho, colocaram-no numa ambulancia e o largarama a própria sorte, sem dó e nem piedade, na calçada de minha casa, sabendo que não haveria ninguém para recebe-lo, e foram embora, ou seja ele foi largado na rua como um NADA, desta vez eu fiz um boletim de ocorrencia, quem sabe haverá alguma justiça.
É muita humilhação, não é, como o SUS e seus associados pode achar que todos os casos psiquiatricos são resolviveis em até 60 dias, isto para mim mais parece uma sentença de morte para as familias, pois a familia esta sempre de sobre-aviso e certa de que a dor esta sempre na espreita pronta para atacar a todos que convivem com o doente.
Outra questão e o comprometimento da renda familiar e do rendimento profissional, "todos nós de classe média e pobre, ou seja 90% da população" e que convivemos com o doente deixamos de produzir riqueza para o Brasil e geramos mais doentes periféricos, minha filha tornou-se uma pessoa fria e passou por várias depressões, não pode nunca trazer suas amiguinhas para casa como as outras, meu outro filho ficava fora de casa 18 horas por dia com medo do que poderia ser vitima, minha mulher teve depressão profunda devido a sua incapacidade de cuidar dele, eu sou um homem que não posso ter um emprego fixo normal, pois vivo constantemente de sobre-aviso, tenho que me ausentar várias vezes por vários dias para conter as crises dele, e assim por diante, agora os ricos, poderosos e politicos, pagam as melhores clinicas sem nenhum tipo de pressão para retirar seus filhos de lá, e conseguem assim continuar vivendo e produzindo.
Se voce tiver interesse em saber o nome da "Casa de Saude" que fez o mais recente absurdo com meu filho entre em contato comigo, meu nome é Paulo Morelli e o meu email é morellipaulo@bol.com.br
Quem sabe um dia, depois de muita tragédia familiar e social, voces médicos legisladores consigam entender e resolver de fato esta questão,eu costumo dizer, só quem tem um filho com esta doença sabe exatamente a dimensão do estrago causado no seio familiar.
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