domingo, 8 de novembro de 2009

Imagem - Castelo do Plácido

Imagem do castelo do comerciante Plácido de Carvalho, enviada por nosso leitor Kilmer Castro.

Conta-se, segundo Kilmer, que Plácido construiu o castelo para presentear sua amada Pierina Giovanni, que ele conheceu na Itália, e que só viria para o Brasil se o castelo fosse construído.

O castelo foi demolido nos anos 70.

5 comentários:

Anônimo disse...

Fantástico. Nunca tinha visto uma foto tão boa daquele castelo. Isso me traz recordações de infância quando eu, morador da Praia de Iracema, costumava passar em frente daquele local.

Nunca compreendi como ele nunca foi tombado e como se permitiu que fosse destruído.

Anônimo disse...

Um legado arquitetônico ímpar em nossa cidade. Deveria ter sido reformado dando às futuras gerações a oportunidade de conhecer tão imponente obra.

Célio Ferreira Facó disse...

Ficava este palacete onde hoje estão os galpões da Ceart, na praça Luíza Távora, à avenida Santos Dumont. E mesmo para isso foi demolido.

Sua existência e destruição sucessivas deixam refletir sobre o temporário de tudo neste mundo.

Mesmo as pedras. Mesmo as ruas. E as cidades, os impérios, os hábitos.Tudo passa, flui, reflui, conflui, diverge, para, ao cabo, transmudar-se para o novo com os tijolos do passado.

Dá-se assim até ao nível celular. Que é a nutrição nos animais senão refazer-se em sangue e tecidos o que antes era planta, sais minerais, água e até outros animais?

E é nesta precariedade absoluta, invencível, que resolve este ou aquele, talvez, ser arrogante, vaidoso, autoritário, egoísta.

Não passou o poderoso Império Romano?

Não passaram os faraós, às margens do Nilo, fazendo quase todo o Egito uma nação de escravos para que lhes construíssem os túmulos?

Não passa, agoniza agora, o império americano?

Não passa agora o tempo do Fortaleza como de time “de aço”? Este jaz no chão, vítima dos próprios erros e da péssima administração; irá para a série “Z” no próximo ano.

Tudo passa. Lentamente, inevitavelmente.

Kilmer Castro disse...

Brilhante e pertinente o pensamento de nosso nobre e glorioso Facó.

É verdade que tudo passa e que, um dia, não seria diferente com este castelo. Até Roma foi incendiada, como ele bem lembra.

No entanto, a dor que causa é pelo fato de que não precisaria ter ruído tão cedo. Outros caíram sob a terrível realidade da guerra ou das fatalidades inevitáveis. O nosso caiu por conta da incompetência.

Outro ponto a considerar é que, diferente do meu glorioso e valente Leão de Aço, momentaneamente combalido e atravessando o seu purgatório, o castelo nunca mais se reerguerá das cinzas.

Maria Eliane C Maia Araujo disse...

Como disse Célio Facó tudo passa. Partindo dessa premissa, aonde está Fortaleza? Cadê a sua história? Passou? Aonde foi parar seu patrimônio cultural? Resume-se a meia dúzia de prédios tombados tardiamente, quase destruídos como o Castelo do Plácido, obra prima de nossa história? Que história? Qual é a cara de Fortaleza, apenas um amontoado de construções modernas, uma cidade mutante? Que sofre transformaçôes todos os dias, sem respeitar a história e destruindo a memória cultural de seu povo?