quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Canetti

Elias Canetti, escritor búlgaro que viveu na Inglaterra e escreveu em alemão, autor de um único romance, Auto-de-Fé, Massa e Poder, sobre a psicologia do fascismo, e livros de memórias, deixou aos cuidados da filha, para publicação póstuma, Sobre os Escritores.

O livro, que acaba de sair no Brasil pela editora José Olympio, tem interessantes notas breves sobre os mais diversos escritores.

Seu talento para o aforismo fica evidente nestes dois comentários:

Se eu fosse Freud, sairia correndo de mim mesmo.

E sobre Jean Paul Sartre:

Ele tinha logo uma resposta, que existia já antes da pergunta.

Saiba mais na revista Veja, edição de 07/10/09.

2 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

A pressa terá talvez produzido certa confusão na redação da nota acima. Auto-de-Fé é o título do romance. Só.

Outra coisa é Massa e Poder, estudo denso, refinado, sobre a psicologia do fascismo. Canetti é dos autores cuja leitura exige fôlego e estudos.

Sobre o espanto confessado ao descobrir, se possível, seus mais íntimos pensamentos, nada novo.

Um trabalho de Carl Jung, só agora publicado, revela igualmente, uns pensamentos inesperados na mente de um mestre, um cientista.

Melhor relembrarmos aqui a máxima de Terêncio, na Roma Antiga: “Homem sou, nada humano considero estranho a mim”.

Sartre é o filósofo existencialista: “A existência antecede a essência”, quer dizer, não há senão respostas naturais, por causa da situação disposta.

Lúcio Alcântara disse...

Caro Célio, desculpe se a redação não está clara. Sei perfeitamente que se tratam de obras diferentes. Obrigado pelo esclarecimento.