Durante uma semana, em companhia da Maria Beatriz, estive no Marrocos como turista. Todo o estereótipo, mentalmente construído sobre o País, veio abaixo.
A temperatura nos diversos sítios onde estivemos era baixa, aquém de 10 graus. Choveu, e o solo, por onde andei, estava molhado e coberto por um tapete verde, salpicado por pequenas flores amarelas. Muitas montanhas estavam cobertas de neve. Disseram-me que este ano choveu como há trinta anos não acontecia.
Entrando por Casablanca, percorremos cerca de 1000 kilômetros para visitarmos as chamadas cidades imperiais, Rabat, a capital, Meknés, Fez e Marrakesh. Sim, cheguei até ali, mas não estive para lá de Marrakesh...
Toda impressão sobre um País, a partir do turismo feito em excursões padronizadas, é superficial, e, com frequência, equivocada. Arrisco avançar que o País é simpático, bonito, muito ocidentalizado, francófono, politicamente organizado, com uma monarquia parlamentar e imprensa livre.
As mulheres são respeitadas, muitas comportam-se e vestem-se a maneira ocidental, têm presença na política e na administração. Há, inclusive, ministras no Governo. A Rainha, sem vínculos dinásticos, é filha de um professor de Liceu, formada em engenharia da computação, o que contribui para dar ao Marrocos a fisionomia de um Estado moderno.
Andamos por boas rodovias, sendo algumas auto estradas, onde se pagava pedágio. Não fomos ao sul do País, que é a parte mais pobre, onde o deserto avança 7 kilômetros por ano (segundo o guia).
A população do Marrocos é muito jovem (45% tem 15 anos ou menos de idade). Ainda há muita pobreza e desemprego.
Sem gás e sem petróleo, diferente de outros coirmãos árabes, o Marrocos tem uma economia muito apoiada no turismo e na agricultura. Esta última responde por cerca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
O Governo tem metas sociais e econômicas bem definidas. Uma delas, prevê atingir o número de 10 milhões de turistas em 2010. Para tanto, há muitas obras de infra estrutura em andamento.
É um belo País, onde há muito o que ver em termos culturais, arquitetônicos e paisagísticos.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
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