segunda-feira, 9 de junho de 2008

Perspectivas

Os jornais estampam boas perspectivas para o Ceará.

Sonhos sonhados por muitos, há tanto tempo. Sementes plantadas e regadas por muitas mãos.

Que Deus e os homens ajudem nosso Estado.

5 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

Se o espaço permitir, por favor publique a ELEGIA CEARENSE do Artur Eduardo Cearense, pois tem muito a ver com que o senhor escreveu.
Veja que maravilha esse trecho:
Para cantar-te, bem amada telúrica,
seria feliz se em vez de vãs palavras, tivesse em minha boca, chuvas e sementes...

Artur Eduardo Benevides
Elegia Cearense


1
Longo é o estio.
Longos os caminhos para os pés dos homens.
Longo o silêncio sobre os campos. Longo
o olhar que ama o que perdeu.
Já não vêm as auroras no bico das aves
nem se ouve a canção de amor
dos tangerinos.
A morte nos abóia. Exaustos, resistimos.
Se se acaso caímos os nossos dedos
começam a replantar a rosa da esperança.
Ai Ceará
teu nome está em nós como um sinal
de sangue, sonho e sol.
Chão de lírios e espadas flamejantes,
território que Deus arranca dos demônios,
mulher dos andarilhos, dálida da canícula,
em nós tu mil rorejas. Pousas. És canção.

2.
Para cantar-te me banho em tua mem';oria
e ouço a voz enternecida
diante de esfinges soluçando.
Oh! ver-te apunhalada — e o sol
roubando tua frágil adolescência
e ponto em tua face o esgar
de quem se sente, súbito, perdido.
Teus pobres rios secam
os galhos perdem os frutos
as aves bicam o céu
fogem as nuvens.
Então ficamos escravizados
à tua sede austera, ao teu desejo
de um dia seres bela igual às noivas
que se casam no fim dos teus invernos.


3
Triste é ver as crianças finando-se nos braços
de mães alucinadas que vendo-as à morte
inda cantam de amor canções do tempo antigo.
E ficas desesperada vendo os filhos
ao longo das estradas onde há pouco
trabalhadores cantavam an entardecer.
Mudas a voz, então: és cantochão
és réquiem crescendo à sombra dos degredos
és rouca como presos que murmuram
palavras dos dias em que foram
jovens e felizes.
Para cantar-te, Bem-Amada telúrica,
seria feliz se vez de vãs palavras
tivesse em minha boca chuvas e sementes.
Ai, viúva do inverno, flor violentada,
teu sol não brilha: queima. Mas um luar
renasce sempre no olhar
dos homens.
Ó grande olhar de pedra, sede e solstício:
te dessem um novo reino e nunca aceitarias!

4.
Belos são os teus frutos porque difíceis.
Em cada sepultura nasce uma rosa.
Em cada filho teu o amor é como o inverno.
Jamais tu morrerás. Não seríamos fortes
se por ti não estivéssemos em vigílias cruéis, ó mãe!
Mas se as chuvas te querem
como louco partimos
para o amanho da terra.
Os campos então ficam maduros
qual ventre de mulher,
e as bocas
— tranqüilas e felizes —
gritam
palavras de amor
que erguem
primaveras.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio, desculpe a brincadeira.
O Senhor deveria ter escrito asssim: Que Deus ajude o nosso Estado. Poderia então complementar...E não o deixe nesse estado...

Célio Ferreira Facó disse...

Más perspectivas, dão, porém, aos fortalezenses as TRAPALHADAS DE LUIZIANNE e grupelho da eleição. Quem quiser vê-las pode, p. ex., revirar as páginas de O Povo, hoje (Este Jornal prefere agora fazer capas como se fosse revista). Numa, o Vila das Artes, inaugurado pela própria Prefeita sem dispor de sede. Atualmente é um sumidouro de dinheiro público no velho palacete do Barão de Camocim. Noutra, a manta asfáltica de Fortaleza, semi-desfeita, e a Cidade suja de lixo. Luizianne e grupelho da reeleição atribuem aquela à Juraci, esta à própria população de quem esperam agora os votos. ERIVALDO CARVALHO completa a descrição dos “pés de barro” deste grupelho. As arquibancadas ruindo na avenida Domingos Olímpio. Erguidas sobre trapos de madeira, a Prefeitura alardeou que fora sabotagem! O Reveillon não queimou todos os fogos prometidos na Praia de Iracema; o anterior, gasto milionário, não fora capaz de mostrar as contas em ordem. O show de Roberto Carlos, dispensável, não rendeu os ganhos políticos esperados. E o senta-levanta de prefeitos substitutos, instantâneos? Outra fraqueza de Luizianne e grupelho da reeleição são as Secretarias Executivas Regionais. Atendimento enviesado (clientelista?); seus gestores são a paga à aliança que lhe deu o cargo. Estes “pagamentos” nunca acabam: eles definem agora a vaga de vice do grupelho da reeleição.

Unknown disse...

Muitos grãos de trigo se tornaram pão.
Muitos cachos de uva se tornaram vinho.
Por isso somos todos peças fundamentais para a realização de quaisquer obras.
Tudo exige muito tempo, articulação, paciência e trabalho. Até mesmo a falta de serviços essenciais que um pobre pode ter sofrido ajudou a realizar grandes conquistas.
Pena que alguns se achem os únicos responsáveis pelas conquistas.

Unknown disse...

Infelizmente esta não é uma boa.
Há algum tempo seu governo foi duramente criticado por uma suposta terceirização dos serviços de banco de dados. Ou por não dar atenção à UECE e seus professores.
Mas agora, para seleção de soldados da PM, segundo o jornal O Povo, "Diferente das outras seleções, o Estado não vai contar com a Universidade Estadual do Ceará (Uece) para realizar a prova escrita". Essa exclusão da UECE é lamentável pois não lhe foi permitida sua defesa. É um absurdo e uma injustiça a quem mostrou competencia durante toda sua existência. Se essa medida for concretizada temo que os cursinhos e alunos também poderão exigir que a UECE não faça seu próprio concurso vestibular.
Essa medida é uma terceirização e um desrespeito à Universidade. Fomos julgados incompetentes e suspeitos.