sexta-feira, 6 de junho de 2008

De volta II

No meu retorno de breve viagem, encontrei novidades.

Uma, triste. Não vou mais ver o José Alcides Pinto, sempre apressado e inquieto, em rápidas passagens pelo escritório do livreiro Sérgio Braga.

O dragão que o devorou era um bípede de borracha, que lhe escreveu um epitáfio cinético, quando abalava por uma dessas ruas congestionadas e maltratadas de nossa Fortaleza.

Não sou tão cético ao ponto de dizer que a província é o túmulo dos talentos, mas afirmo que a ressonância de sua obra vigorosa e original, seria muito maior se pertencesse às confrarias do sul, que pontificam na cumplicidade dos acadêmicos e da crítica literária.

Lá, esteve por algum tempo. De lá voltou, arrastado pelo atavismo telúrico, para prender-se, em definitivo, à Fortaleza e sua Santana natal.

6 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Caótico agora o TRÂNSITO em Fortaleza. Séqüito interminável de carros, carrinhos, carrões ocupam, entopem os principais corredores da Cidade. Estes nem são grandes, nem largos, nem bem cuidados. Má sinalização e má pavimentação agravam as péssimas condições gerais de tráfego. Engarrafamentos, colisões e atropelos freqüentes, diários. Estes tendem agora a aumentar. Não pára de crescer o número de carros nas ruas, adquiridos sobretudo pelo fácil, usurário financiamento. A lado deles, bicicletas tímidas, motocicletas querendo voar, carrocinhas imundas de lixo reciclável. Eis aí tremendo problema, verdadeiro desafio para a Prefeitura Municipal. A atual e a próxima. Sua resolução não virá por amadores, aventureiros, piratas da politicagem que de hábito ocupam o cenário, a seduzir, enrolar eleitores.

Anônimo disse...

Amigo, seja benvindo !
A casa é sua, não faça cerimônia.
Vá pedindo, vá mandando!
Seja seu tudo o que tenho de meu!
E mais a Divina Graça...
Amigo, seja benvindo !

MANUEL BANDEIRA


Quizera eu ser poeta pra vos oferecer versos meus, porém, na impossibilidade, faço meus os versos de NANUEL BANDEI
RA e proclamo: AMIGO, SEJA BENVINDO.

Anônimo disse...

Ainda bem que temos sua inteligência e bom humor de volta! Já não agüentava passar aqui todos os dias e não ter nem uma linha nova, agora tem que aumentar a freqüência pra compensar, he he

Anônimo disse...

Saudade! Muito se esvaziou a literatura cearense com a partida de JAP.A midia e a intelectualidade do Ceara náo reconheceram seu devido valor, uma lástima! Que neste outro espaco para onde foi, se encontre, de igual para igual, com os seus famosos colegas concretistas. Saudade!

David disse...

Muito triste mesmo a morte dele. Falta reconhecimento, mas ficou uma obra.

O centro da cidade merece mais uma biblioteca. A biblioteca da ACL podia ser o prédio algum daqueles prédio de loja ao lado da praça dos leões, ou podia ser todos para fazer um uso cultural. Seria um serviço ótimo onde a ACL poderia fazer o papel de crítico para os novos talentos. O Centro de Fortaleza precisa ser dado um papel mais nobre do que ser lugar para comércio. Deve ser lugar de Formação de uma consciência cidadãm e a ACL é uma das instituições responsaveis por isso.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

O grande José Alcides Pinto deixa uma imensa lacuna em nossa literatura.

Ainda em agosto do ano passado, o poeta maldito, como era chamado, reeditou a trilogia "O Tempo do Mortos", profeticamente tempos que ele agora vive.

No poema A TERRA É DO HOMEM, ele escreve:

"A terra está dentro do homem
Alqueires de vento embutido
Pulsando ao ritmo do coração
(...)".

Só que agora permito-me uma releitura, que a ele dedico: "O homem está dentro da terra, e alqueires de vento fazem seu coração continuar pulsando em sua obra, eternamente."

Cris