Segundo o reputado verificador de consumo online, Nielsen/NetRatings, o Brasil é o 5º país do mundo que mais compra livros através da internet, 51%. Em primeiro lugar vem a Coreia do Sul . Dos países ricos só estão entre os dez primeiros a Alemanha, em 2º, e a Inglaterra, em 10º.
A notícia não deixa de ser alvissareira para o Brasil, pois denota um crescente emprego da tecnologia pelos brasileiros. O Brasil ocupa o 72º em utilização da internet, a frente de países como o México e Argentina, embora esta última tenha mais livrarias, mais gente alfabetizada e menor taxa de evasão no ensino médio.
Preocupados com o desprestígio do livro, e por extensão da palavra escrita, e a repercussão disso na formação dos jovens, vários países vêm desenvolvendo programas de apoio à leitura. Nos Estados Unidos, está em curso uma ação em 50 estados com recursos substanciais do NEA (National Endowment for Arts). Na Espanha, onde a juventude tem um dos piores índices europeus de leitura, o Prefeito da pequena cidade de Noblejas apelou para o que os céticos chamam de "suborno", que consiste em pagar 1,0 euro ao jovem por cada hora de leitura comprovada na biblioteca escolar. A leitura e a escrita são fundamentais para o desenvolvimento das capacidades de apreensão e expressão, daí a necessidade de políticas de estímulo à leitura.
A perda de espaço da leitura nas atividades diárias, o que vem ocorrendo mesmo em países desenvolvidos, tem afetado negativamente o desempenho intelectual das pessoas. No Canadá, com um bom índice, quatro em cada dez canadenses lêem pelo menos um livro por mês. Já entre os americanos 73% leram apenas um livro entre agosto de 2006 e agosto de 2007. Com os ingleses é pior. 25% deles não abriu sequer um livro em 2007.
No Brasil, há alguns sinais animadores. A venda de livros teria crescido 15% em 2007. Não se sabe às custas de que tipo de livros, é bem verdade. O aumento teria ocorrido, entre outros fatores, pelo aumento do poder aquisitivo da população e a eliminação de alguns tributos.
Saiba mais no "O Estado de S. Paulo", edição de 16/02/08.
A notícia não deixa de ser alvissareira para o Brasil, pois denota um crescente emprego da tecnologia pelos brasileiros. O Brasil ocupa o 72º em utilização da internet, a frente de países como o México e Argentina, embora esta última tenha mais livrarias, mais gente alfabetizada e menor taxa de evasão no ensino médio.
Preocupados com o desprestígio do livro, e por extensão da palavra escrita, e a repercussão disso na formação dos jovens, vários países vêm desenvolvendo programas de apoio à leitura. Nos Estados Unidos, está em curso uma ação em 50 estados com recursos substanciais do NEA (National Endowment for Arts). Na Espanha, onde a juventude tem um dos piores índices europeus de leitura, o Prefeito da pequena cidade de Noblejas apelou para o que os céticos chamam de "suborno", que consiste em pagar 1,0 euro ao jovem por cada hora de leitura comprovada na biblioteca escolar. A leitura e a escrita são fundamentais para o desenvolvimento das capacidades de apreensão e expressão, daí a necessidade de políticas de estímulo à leitura.
A perda de espaço da leitura nas atividades diárias, o que vem ocorrendo mesmo em países desenvolvidos, tem afetado negativamente o desempenho intelectual das pessoas. No Canadá, com um bom índice, quatro em cada dez canadenses lêem pelo menos um livro por mês. Já entre os americanos 73% leram apenas um livro entre agosto de 2006 e agosto de 2007. Com os ingleses é pior. 25% deles não abriu sequer um livro em 2007.
No Brasil, há alguns sinais animadores. A venda de livros teria crescido 15% em 2007. Não se sabe às custas de que tipo de livros, é bem verdade. O aumento teria ocorrido, entre outros fatores, pelo aumento do poder aquisitivo da população e a eliminação de alguns tributos.
Saiba mais no "O Estado de S. Paulo", edição de 16/02/08.
7 comentários:
E, contudo, evidente FRACASSA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Nada destes índices de uso da internet são reveladores de notável progresso. Na vida real, pais saídos da matrícula dos filhos nas escolas não podem deixar de sentir-se entre palhaços e assaltados. Alunos brasileiros, avaliados segundo padrões internacionais, reprovam-se em massa. Em diversas matérias. Incluídos aí os das escolas particulares. Tal o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, setor da Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Econômico, vinculada à ONU. Nossa realidade, equivocada, carece de material, carece de bons estabelecimentos, carece de professores bem remunerados, carece de integração comunitária, carece de aliança com o mercado de trabalho. Desse fracasso são também eloqüente sinal as longas, recorrentes greves dos professores da rede pública. Eis o que justifica a dos professores da UECE, recentíssima.
Há OUTROS OBSTÁCULOS. Real melhoria do sistema educacional não interessa, por exemplo, a diversos grupos empresariais, temerosos de ter de pagar mais a pessoas mais bem educadas. Fraca a formação de professores. Tampouco a legislação prevê incentivos fiscais a empresas que disponibilizem seus parques para a educação dos funcionários. Assim praticado, este sistema educacional colabora muito pouco para o desenvolvimento do Brasil. Este continua, no limiar do século 21, franco exportador de matérias-primas, futebolistas, mulatas. Ou então vasto parque de mão-de-obra barata, a montar, no território nacional, os produtos das multinacionais aqui instaladas justamente por isto. Este fenômeno os governos nacionais costumam apresentar como “integração” com o mundo, largo “investimento”, “progresso” que chega!
Transformada em VALORES PECUNIÁRIOS, a baixa escolaridade brasileira causa a perda de 0,5 por cento do PIB nacional. Estudo do Banco Mundial, que acrescenta que todo este desastre “permite antecipar uma futura geração nada competitiva”. Depois sobrarão desempregados, criminosos e, na certa, uma multidão subempregada. Todos de baixa escolaridade, quiçá analfabetos, formidável exército de eleitores prontos a votar em qualquer que lhes assegure uma bolsa mensal ou a assistir encantados ao “Fantástico, o Show da Vida”. Por enquanto o sistema sobrevive, cada vez pior. O próprio conceito sobre o qual assenta a educação publica no Brasil está errado.
A SEGUNDA-FEIRA COMEÇOU MAIS ANIMADA COM A NOTÍCIA DE QUE VOCÊ SERÁ MESMO CANDIDATO A PREFEITO.FORTALEZA ESTÁ CARENTE DE UM GESTOR QUE TENHA SUAS CARACTERÍSTICAS:SERIEDADE,COMPETÊNCIA E ESPÍRITO PÚBLICO.VÁ EM FRENTE O POVO LHE FARÁ JUSTIÇA!
Significativo do descaso nacional pelo livro e pela boa educação: neste ano faz cem anos a morte de Machado de Assis, cuja obra, imorredoura, belíssima, não é amada, estudada, como se devia. Não o lêem com afinco. Não consta que vão ocorrer pelo país grandes comemorações agora. A crítica internacional, porém, não hesita em celebrá-lo como o maior escritor negro de todos os tempos. Ver, por exemplo, a opinião favorável de Harold Bloom, que o incluiu na sua coleção “O Cânone Ocidental”. Não deixa também de anotar que teria ele recebido todos os grandes prêmios de literatura, a maioria europeus, se não fosse o português a língua em que escrevia, o Brasil, sua pátria. E de que fala Machado de Assis? Pintou o Rio de Janeiro, a sociedade ali espalhada, o espaço urbano, os conflitos do matrimônio, os íntimos imperceptíveis da alma. Retratou com escárnio, não sem lamentação, a fúria da ambição em cada um. Talento e esforço desmesurados elevaram-no da pobreza ao conforto e ao reconhecimento social. Como ele, tantos outros talentos, escritores nacionais não amamos, lemos, estudamos como merecem e como podiam ajudar-nos individualmente, coletivamente.
Falar em necessidade do livro e da educação generalizada, leio que Hélio Fernandes, da Tribuna da Imprensa, é intimado a defender-se em processo de ação indenizatória que lhe move Edir Macedo, da Universal. Este mandou também citar outro jornal e uma jornalista pelo mesmo motivo: sentir-se difamada numa reportagem sobre si mesma. E usa de tática vil: mover muito mais de uma ação, por diversos requerentes, membros seus, chamados a esta vingança, além de uma pela própria. O objetivo: multiplicar os gastos, trabalhos da defesa, quase até a exaustão. Audiências marcadas às vezes em localidades distantes, no mesmo dia e hora. Trata-se de uma instituição declarando a própria infalibilidade, avançando sobre as liberdades civis como a opinião, a expressão e a imprensa livre. Mais um pouco e declara-se intocável. Já se declarou o carrasco da língua portuguesa: decidiu, por exemplo, que “seita”, palavra legítima do vernáculo, a referir-se a ela, é desonroso! Certo não acharia tal se conhecesse ao menos a origem etimológica daquele vocábulo: a mesma de seção, i.e., separação, interrupção.
O desmantelamento da Assess. de Rel. Internacionais e a subversão do papel de secretarias do Governmo atual, revela visão provinciana do papel do Estado na dinamização da economia, antes tão sensatamente feita no seu Governo E os homens de bem estão certamento dispostos a apoiar quem retome funções executivas e faça esse desagravo que se torna urgente. Para já em Fortaleza.. Para jé em Fortaleza...
Postar um comentário