domingo, 24 de fevereiro de 2008

Dívida

Durante anos, se falou sobre a crônica dívida externa brasileira e seu montante, considerado, muitas vezes, impagável, e fator de constrangimento do crescimento e independência do País.

Éramos apontados como um dos países mais endividados do mundo. Lembram das imagens humilhantes dos ministros da Fazenda, circulando nos grandes centros finnceiros, solicitando adiamento de pagamentos e escrevendo cartas de perdão ao Fundo Monetário Internacional(FMI) por não poderem saldar compromissos financeiros?


Eis, agora, que a imprensa anuncia que o Brasil passa de devedor a credor externo. Nos cofres do Banco Central sobram mais de quatro bilhões de dólares. Não posso esconder uma ponta de orgulho com o fato.
Creio que deve sentir o mesmo toda uma geração que, como eu, acompanhou nosso endividamento histórico, que nasceu junto com o novo País. Não importa a opinião de economistas que desmerecem a conquista, não vendo nela mais que um mero simbolismo. É, também, de símbolos que vivem os países, e este, sem dúvida, eleva a auto-estima da Nação.

Resta um vilão a comprometer nossa estabilidade econômica, a dívida interna, que representa percentual muito alto do Produto Interno Bruto(PIB), e requer redução substancial.

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