Entramos em um novo ano! Lembro quando criança a decepção que tive quando consegui ficar acordado e esperar a passagem do ano. Não foi nada do que imaginava. Para mim a data seria marcada pela ocorrência de algum fenômeno físico ou astronômico qualquer. Sua inexistência me frustrou. Os fogos de artifício, a euforia das pessoas, a música, tudo foi muito menos que o menino esperava. O espetáculo da natureza não aconteceu, era tudo uma convenção cronológica imaginada por um Papa que implantou o calendário gregoriano. Esta foi ao que me lembre minha primeira desilusão com os fatos, ou com a falta deles. Muitas outras viriam ao longo da vida. Mas nada se igualaria à desilusão com as pessoas, essas sim muito graves.
As pessoas, como as empresas, tambem fazem seus balanços. E a época é sempre a mais indicada para tal. O que fizemos, o que deixamos de fazer, o que pretendemos fazer. Hora de anunciar propósitos, estabelecer projetos, mudar posturas. Rever comportamentos. Os mais radicais dizem-se até dispostos a mudar de vida. Quase tudo se desfaz frente ao massacre da rotina retomada. Some como as bolhas do champagne espoucado nas comemorações.
A luta de cada um é para não desperdiçar essas intenções, persegui-las como objetivos humanos a alcançar segundo o arbítrio de cada um. Pensar sobre isso ajuda a discernir o que vale mesmo a pena mudar em nossas vidas. O calendário não é mais que uma convenção, a decisão de mudar, se for o caso, uma manifestação de vontade que exige determinação e maturidade.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
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5 comentários:
E agora Dr. Lúcio Alcantara? Deu no Estado: Segundo turno entre Lúcio Alcantara e Luizianne Lins.
DETERMINAÇÃO e maturidade para mudar, isto é, realizar-se, atingir o próprio ser! Não compras! Nem champagne! Nem o pipocar de fogos! “Tem de merecê-lo, ...fazê-lo novo... Não é fácil, mas tente, experimente... É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”, diz, canta Carlos Drummond de Andrade. Oxalá aprendêssemos todos estas verdades basilares. E, entretanto, a muitos surpreende a vida acomodados ainda mal acabada a juventude, envelhecidos em hábitos arraigados, ausentes para sempre de qualquer futuro novo, valioso. Já se disse: a luta maior de cada um é contra si mesmo – seus próprios medos. Quem nos dera fosse diverso, realmente novo este ano que nasce. Melhorávamos, melhoravam os outros, melhorava a cidade, o país, o mundo, o tempo. Antes que seja tarde!
Dr. Lúcio,
Esse 2008 será um ano muito bom para você,fique certo disso.Sinto que esse ano trará muitas surpresas boas para todos.E acho que você estará voltando a comanadar essa pobre e abandonada Fortaleza que não tem nada de bela.Acho que o povo já sentiu que fez uma péssima troca de governador e agora querem que Fortaleza tenha um grande Prefeito.Eu vou de Lúcio em 2008 e o povo de Fortaleza também!LÚCIO PREFEITO, FORTALEZA MERECE!
Dr. Lúcio, por primeiro desejo-lhe um 2008 infinitamente melhor do que o 2007.
Por agora, vale uma breve reflexão sobre o que vai correndo entre nós em cima de versos de Fernando Pessoa, em "Mar Portuguez", contido em "Mensagem".
"O esforço é grande e o homem é pequeno".
De nada vale, portanto, a arrogãncia de uma certa senhora que vem descaBELAndo Fortaleza.
(...)"A alma é divina e a obra é imperfeita.
(...)Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O porfazer é só com Deus".
O problema é que essa gente metida a atéia só se lembra de Deus na hora de falar de vesgos direitos humanos. "Este povo honra-me com os lábios mas o seu coração está longe de mim", diz o Livro Sagrado dos cristãos.
Nesta obra ousada de nos contrapormos às agressões cotidianas aos valores legítimos da Cristandade, façamos a nossa parte em todas as áreas, especialmente na cena política.
(...)"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!"
Lágrimas podem continuar rolando, mas não devemos tergiversar diante daquilo que se tem por justo. Algum sábio já disse que Deus prefere os justos aos bons. Ademais, ser bom não significa compactuar com o erro, a hipocrisia, a pusilanimidade...
Urge que entremos em lança contra a idiotização do nosso povo.
Para alcançarmos o nosso desiderato convém acreditar na profecia contida no primeiro verso do poema de Pessoa: "Deus quere, o homem sonha, a obra nasce".
Mas, a obra só nasce com luta e disposição para enfrentar os moinhos de vento.
Abraços
Barros Alves
Governador,
A minha primeira decepção foi a desilução sobre o Papai Noel.
Mas, mudando de assunto, estava eu aguardando algum tema que tratasse sobre nossa malha viária municipal.
Permita-me falar um pouco mais longamente sobre a pavimentação e passeios das vias urbanas de Fortaleza. Não vou comentar sobre algum Plano Diretor.
Há muito tempo percebe-se uma pavimentação de péssima qualidade. Os recapeamentos (raros) com asfalto são executados com camadas finíssimas, permitindo em pouco tempo, após tal serviço, visualizar-se os raios X do péssimo acabamento das obras de saneamento de outrora realizadas.
Não há nivelamento. O passageiro do veículo sente que mais parece estar trafegando sobre um tobogã grosseiro.
O pedestre não sabe qual a pior situação: Se vai caminhando sobre a calçada pode deparar-se com veículos estacionados tomando-a quase toda e às vezes completamente, além de buracos ou degraus. Se for andando sobre a rua é outra lástima. Sem comentar no perigo de ser atropelado. Mas lugar de pedestre é sobre o passeio plano (que raramente ocorre) ou sobre a faixa de segurança. Falta passeio acessível e educação.
Além da pavimentação asfáltica há muito tempo já vencida, repleta de emboços de asfalto mal acabados, com uma recuperação deixando muito a desejar, executada sem nenhuma técnica, hoje parecendo uma colcha de retalhos, completamente ondulada, causando desconforto aos passageiros de veículos e ao pedestre, temos as absurdas pavimentações com pedra tosca. A pavimentação com pedra que os antigos romanos utilizavam era mais bem feita.
O pavimento não necessariamente precisa ser com asfalto. Pode ser em paralelepípedo ou um pré-moldado resistente, desde que seja construído sem improvisação e sobre uma infraestrutura suportável para o tráfego. Mas de um modo ou de outro há que ter qualidade.
É notório que não há nenhuma prioridade. Porém, antes, há necessidade de drenagem e rede de esgoto. Mas têm que ser realizadas com um padrão de primeira qualidade.
Uma infraestrutura de saneamento mal feita, permitindo a fuga constante de água ou esgoto para o solo, desestabiliza o pavimento. Isto é uma constante em nossa cidade.
O que acontece com nossos gestores e técnicos em pavimentação? Tem-se a impressão que demonstram ser amadoristas, irresponsáveis, omissos, coniventes, ou não têm a coragem de denunciar o que realmente ocorre.
Nossos atuais governantes municipal e estadual são vinculados politicamente ao Presidente (que, diga-se de passagem, o futuro Senador mais votado no Brasil está realizando uma bela administração voltada para o estado de Pernambuco). Mas isso é assunto para outra hora.
O lógico é que deveria haver mais facilidade em conseguir verbas e/ou financiamentos também para cá.
É de dar dó e piedade nossas ruas estreitas, mal conservadas, com limpeza incompleta ou sem. Nem as poucas vias arteriais escapam de uma má conservação.
Faz parte da segurança vias e passeios bem conservados.
Somos todos omissos: a população não exige, apenas espera. Mas também suja muito. O Administrador não realiza.
Mesmo sendo pouco o dinheiro que os ocupantes de cargos executivos possam dispor para este item, não invalida que as possíveis obras sejam executadas com qualidade.
Os comentários que escuto de turistas é de dar dó.
A solução está somente em contratar bons técnicos compromissados com o bem da cidade e desvinculados dos políticos para que possam exigir a responsabilidade das empreiteiras em realizar um trabalho de primeira linha.
Por enquanto é um sonho.
José de Freitas
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