quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O quebrador de promessa

Quando governei o Ceará, sofri uma ostensiva e ambígua oposição raivosa, ambas hoje no poder, por não haver nomeado para o cargo de Defensor Público Geral e Reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), os primeiros nomes da lista tríplice que me foi submetida.

O fiz porque a lei me facultava e por acreditar que eram pessoas competentes, e que melhor se identificavam com os propósitos da administração estadual, sem que desconhecesse o mérito de todos. Por isso, fui atacado injusta e grosseiramente por diversos meios.

O atual Governador do Estado reiterou, mais de uma vez, o compromisso de nomear, sempre que lhe fosse encaminhada uma lista de nomes concorrendo a um cargo em seu Governo, aquele que encabeçasse a lista.

Há pouco, foi-lhe remetida a lista tríplice para escolha do vice-reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). A seguir, os nomes constantes da relação com os votos obtidos:

1- Fabiano Cavalcante de Carvalho - 61 votos
2- João Edson de Andrade - 57 votos
3- Maria Palmira Soares - 49 votos

O Governador nomeou a terceira colocada, exercendo direito seu. Mais rápido do que se imaginasse, o compromisso foi ignorado.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dr. lucio, a turma do ivo gome e companhia , usaram a causa dos defensores publicos para fazerem a sua caveira política. Mas, nada melhor do que um dia após o outro, agora mesmo, o cid gomes aprontou contra os defensores públicos de ceara e do brasil. Ele está liderando uma turma de governadores para boicotarem a aprovação da pec 487/2005na Câmara dos Deputados em brasilia, que da autonomia as defensorias publicas estaduais. Tá vendo, o que dá em comprar gato pol lebre?!!!

Anônimo disse...

e ai, agora tão chorando não é?? agora é a vez dos policiais que levaram um pe na bunda do governador cid gomes!!!! já levaram os defensores públicos, os policiais, quem será o próximo??/

Anônimo disse...

Imagine o que vem por aí. Ô pessoal sem compromisso!

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

As virtudes que os homens de bem tanto prezam às vezes os levam a perder uma batalha se esta representar um risco à sua reputação ou à sua honra. Políticos de caráter como o senhor preferem muitas vezes perder a eleição, a fugir de seus princípios ou abdicar de seus valores éticos, respeitando o eleitor e as instituições.

Infelizmente, a palavra de alguns políticos tem a mesma valia da de um vagabundo qualquer. Com um agravante: o vagabundo muitas vezes não teve acesso a uma educação decente, que lhe desse subsídio morais para formação de uma consciência cidadã. O que, no caso deste, não deixa de ser uma atenuante.

Hoje em dia, a fronteira entre o discurso e a empulhação já foi acintosamente rompida. É difícil distinguir um do outro. Alguns embustes são tão óbvios que a gente nem acredita como que pode ter "colado", como é o caso do tal ronda do quarteirão.

Chega a ser patético o cinismo com que homens públicos, que deveriam honrar seus cargos, desafiam a inteligência média do brasileiro.
E fica o dito pelo não dito, e a prova inconteste de que, o que certos políticos falam não se escreve.

Cris