O mundo assiste espantado o vertiginoso crescimento da China, e sua importância cada vez maior na economia mundial, desbancando países e tradicionais centros industriais, líderes na fabricação dos mais variados produtos.
Chega-se a citar com frequência o país como um exemplo a ser imitado pelo Brasil que há anos cresce timidamente. O modelo chinês não é passivel de cópia. Por uma razão simples. Na base do sucesso econômico indiscutível está o dumping, na concepção mais ampla da palavra. Isto é, para além da prática de preços artificialmente baixos configurando uma prática comercial predatória.
Há pelo menos três modalidades de dumping chinês claramente identificados. O ambiental, que leva à poluição e destruição dos recursos naturais, pela indústria e a construção de grandes obras de engenharia. O social, caracterizado por salários vis e ausência de leis que protejam o trabalhador. O democrático, que consiste na falta de liberdade política e de expressão, e desrespeito aos direitos humanos.
Para mim, aí está a vulnerabilidade chinesa que poderá, a longo prazo, comprometer o êxito que vem alcançando. A melhoria do padrão de vida do povo, a facilidade das comunicações, a integração do país na comunidade internacional, a exigência de padrões mais modernos e mais humanos na produção, e a cobrança por mais liberdade, podem levar à inconsistência do sistema. Quem for vivo, talvez veja...
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