terça-feira, 22 de maio de 2012

Mentir com números II


A imprensa cearense abriu manchete para o crescimento de 3,1% do PIB cearense em 2009. Seria mesmo motivo de manchete se os números fossem verdadeiros.

Abaixo aponto os links que registram a  festa feita com número equivocados.




Em todas as três reportagens faltou o essencial: a informação que o resultado dependia de confirmação. O PIB de 2009, consolidado pelo IBGE em 2011, teve uma variação pífia: meros 0,04%.



O Governo ganhou generosos espaços na imprensa com 3,1% alardeados pelos falsos profetas do otimismo.

Mas, infelizmente para o povo cearense, os números finais mostraram que a realidade era totalmente discrepante. E essa realidade não produziu manchete. O povo consumiu a fantasia do crescimento, que só ocorria na  mídia – seja no jornalismo ou na farta publicidade oficial.

Dessa vez, o Governo silenciou e não comentou o decepcionante resultado.  Faltou a manchete nos jornais: "Ceará cresce apenas 0,04% em 2009". O crescimento "muito acima do Brasil" tem se mostrado apenas uma peça de marketing.

Seria excelente que os dados publicados na imprensa fossem verdadeiros. O que mais desejo é que meu Estado cresça e que os cearenses aproveitem esse desenvolvimento. Mas tenho obrigação de alertar sobre a verdadeira situação do Ceará. Não podemos comemorar um "ótimo resultado" se ele verdadeiramente não existe.

A tempo:

Li a nota técnica enviada pelo Ipece ao Blog do Eliomar, que confirma o que anunciei em MENTIR COM NÚMEROS, pois em nenhum momento a nota questiona a minha argumentação. Apenas explica sua metodologia.

Sei da competência e da qualidade dos seus profissionais. Mais do que ninguém reconheço-lhe a importância. Para quem não sabe, ou não se lembra, o Ipece foi criado logo no início do meu governo com o objetivo de integrar as informações necessárias para avaliar e planejar as políticas públicas do Ceará.

O que fiz foi analisar os números divulgados pelo Instituto, à disposição no site do Ipece, e os dados publicados na imprensa - e que o Governo não se preocupou em corrigir quando o IBGE divulgou a consolidaçao. Era uma obrigação moral do Estado, principalmente diante de tal disparidade dos números e da forma como eles foram propalados.

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