domingo, 29 de maio de 2011

Bordão

O General Figueiredo quando presidente da república, impaciente, reagia às crises do governo com um bordão ameaçador: Eu chamo o Pires.

O Pires em questão era o General Walter Pires, Ministro do Exército e lider da linha dura. A frase acenava para o perigo de recrudescimento militar do regime.

A presidente Dilma, diante das crises inevitáveis de um governo que tem uma base de apoio parlamentar ampla, heterogênea e gulosa, poderá dizer: Eu chamo o Lula.

Sem dúvida uma opção muito mais democrática.

2 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Felizmente já se livrou a nação brasileira do Golpe Militar de 64.

Resta apenas abrogar a Lei da Anistia e a República processar, punir os torturadores e meirinhos do Golpe que tanto atrasou este país.

As gerações atuais devem isto a todas as vítimas, os perseguidos, os desaparecidos.

Não podemos ser tão pusilânimmes.

Célio Ferreira Facó disse...

Mas falar em bordão, é quase cômico o discurso recorrente dos deputados estaduais da Assembléia Legislativa do Ceará.

Quase cada deputado que ocupa a tribuna, só se dirige a outro colega chamando-o de "nobre deputado".

Ao fim de breve fala, o que está a dirigir a sessão "parabeniza o nobre deputado" e avisa o óbvio: "A Mesa toma ciência", diz.

É outro vício reiterado destes nossos políticos que eles parecem desconhecer qualquer outro pronome de tratamento. Quase nunca chamam-se de excelência, excelentíssimo senhor, ilustríssimo, senhor, vossa senhoria, você (sentir-se-iam apequenados?).

Só se querem "deputado fulano".

É como se, num hospital, numa reunião, se escutasse este ridículo: "Médico Nanico, podemos começar? Pois não, médico Boquirroto, aliás, viu o médico Machadão? Ele estava ali com o médico Alencarino e com o médico Trombudo..."

Os deputados da AL-Ce precisam melhorar a qualidade de suas falas naquela honrosa Tribuna.