Simpatizo com a resistência quase solitária que a Presidente Dilma oferece à nomeação de apadrinhados dos partidos políticos para ocuparem cargos no governo.
Tendo estado no coração do governo anterior ela conhece os tipos e suas traquinagens. Do que foram e do que serão capazes.
Isolada, irá capitular. Ou já o fez. Merecia apoio da imprensa e da sociedade nessa cruzada contra o furacão do fisiologismo.
O que está acontecendo era previsível. Sem experiência política e o capítal de Lula seria acossada pelas raposas políticas de olho no galinheiro, isto é, no governo.
Lula tinha um patrimônio político e humano que o colocava aos olhos do povo acima dos partidos e das instituições. Estava investido de uma autoridade natural. Era maior do que o PT e por isto o submetia.
Dilma, não obstante suas inegáveis qualidades, se ressente dessa biografia legitimadora que impulsionava seu antecessor a um grau de liderança inquestionável. Ela é menor do que o PT e por isto a ameaçam.
domingo, 29 de maio de 2011
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Um comentário:
Eleita por eleição regular e sem fraudes, a Presidente não pode agora deixar-se fazer refém das garras do PT nem do Congresso Nacional. É a Presidente de todos.
Também devia cuidar-se por se livrar dos velhos modelos neoliberais, estes que conseguiram quase "quebrar" os próprios EUA, no golfe da recente crise imobiliária.
O Brasil anela pela reforma político-eleitoral, que já não pode ser adiada.
Dilma precisa honrar o mandato recebido; não pode nem mesmo permitir a figura de Lula, qual fantasma da casa abandonada, a rondar Brasília por ocasião de qualquer crise.
Mas é preocupante, porém, a letargia de Dilma ante as denúncias contra Palocci. Por causa da visibilidade da Casa Civil, melhor era que se afastasse ele até o esclarecimento de todas as denúncias.
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