sexta-feira, 8 de abril de 2011

O tempo

Quando era criança
Gostava que o tempo apressasse
Para ingressar logo
No mundo dos adultos

Agora, gostava
Que o tempo retardasse
Para conviver com as
Promessas do futuro

Ele, nunca, nem ontem
Nem hoje, me obedeceu,
Rebelde aos meus desejos

Indomável, manteve
O ritmo de sempre
Indiferente às minhas
Vontades

Fico todavia a pensar
Que acelera a roda quando
A vida está madura.

Um comentário:

Célio Ferreira Facó disse...

Foge o tempo irreparável, dizia a máxima romana. Fugit tempus...

Ver a demonstração disso no quadro de cima; a memória, as lembranças e alguma reflexão isto denunciam, provam à exaustão.

"Ele (o tempo), nunca, nem ontem
Nem hoje, me obedeceu."

De modo que vai cada um meio por fora do próprio destino, por fora, pois, de si.