terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Salgari


Emilio Salgari, o italiano escritor de livros de aventuras, criador do princípe Sandokan, um vingativo pirata oriental que combatia os imperialistas ingleses ao lado de seu fiel amigo, o português Yanez, está de volta às prateleiras das livrarias.

Seus admiradores não precisarão mais catar em sebos, velhos e raros, exemplares da Coleção Terramarear, da Editora Melhoramentos.

 A Iluminuras acaba de lançar no mercado Os Tigres de Mompracem, Os Piratas da Malásia, e Os Mistérios da Selva Negra, nos quais antigos e novos leitores poderão encontrar a prosa saborosa que encantou a juventude de gente famosa como Fellini e Umberto Eco.

Sergio Leoni, o inventor do western spaghetti, e Che Guevara estiveram tambem entre seus milhões de leitores em todo o mundo. O lendário Che, que chegou a ler 62 obras do autor, tinha-o, fiel ao seu instinto político, por um arauto do anti-imperialismo.

Salgari que escreveu 80 livros, explorado por seus editores morreu na miséria. Suicidou-se segundo o rito samurai pedindo a eles que pelo menos pagassem seu enterro. Se o criador morre, seus herois sobrevivem a ele.

A posteridade o colocou entre os escritores menores mas a chama de seu texto foi inspiração confessa para a rebeldia do Che e a cinematografia de Leone.

Saiba mais no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 14/11/2009

Um comentário:

Célio Ferreira Facó disse...

A Misteriosa Chama da Rainha Loana é o livro-almanaque de Umberto Eco sobre a cultura popular da Itália e da Europa no começo do século 20

Desfilam por aquelas páginas as revistas, e os jornais, e os livros que então liam. E os hábitos, o tipo de família média, a repressão sexual, os costumes, os anseios.

A Grande Guerra separando famílias, modificando, tecendo destinos. De homens como de povos.