terça-feira, 25 de agosto de 2009

Senado

Meu amigo Ilimar Franco (foto), dono da prestigiosa coluna Panorama Político, no jornal O Globo, fez um apanhado, no seu entendimento, de quem ganhou e perdeu na briga no Senado Federal (SF).

Segundo ele, ganharam: Renan Calheiros (PMDB-AL), José Agripino (DEM-RN) e Gim Argello (PTB-DF). E perderam: José Sarney (PMDB-AP), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Aloizio Mercadante (PT-SP).

Discordo dele. Sem apreciar a motivação política e a inspiração moral que desataram a litigância no Senado, atendo-me apenas ao cenário da luta e seus personagens, acredito que foram dois os vencedores, e todos os demais, em graus variados, perderam.

Venceu José Sarney, que parecia condenado a sair, e ficou. Venceu também, Renan, o Napoleão do sertão, general da tropa, que ainda não experimentou seu Waterloo. Com uma estratégia de guerrilha, que lembra os movimentos táticos de Lampião sobre o terreno, arrasou os adversários.

Depois foi só assar a pizza no forno dos temores.

4 comentários:

Anônimo disse...

Todo o lamaçal que vem à tona de vez em quando deveria ter como vencedor o povo brasileiro, que a partir das visceras expostas deveria concluir que esses caras(e essas "caras" - já que as mulheres também tem se enlameado com essas práticas) precisam ser afastados da política com a única arma que está a nosso alcance: O VOTO. Infelizmente nossa consciência eleitoral ainda está engatinhando, mas quem sabe em 2010...

Anônimo disse...

Parabéns pela análise,Lúcio! O repugnante "Cangaceiro"Renan Calheiros fez o arrogante "Coronel" Tasso Jereissati enfiar a viola no saco e ainda ter de ir para tribuna do Senado se desculpar pela "descompustura" do dia anterior. Eita Corja imunda,essa da atual legislatura do Senado Federal..São poucos os que não estão atolado no lamaçal de corrupção que ali escorre pot todos os lados.

Armando Rafael disse...

Muitos politicos que hoje estão no foco da mídia certamente não conhecem o texto do falecido Cardeal Van Thuân (aquele que foi prisioneiro do regime comunista vietnamita de 1975 a 1994) autor das “Bem-aventuranças do político”:


1º - Bem-aventurado o político que tem consciência do próprio papel.

2º - Bem-aventurado o político de quem se respeita a honorabilidade.

3º - Bem-aventurado o político que trabalha para o bem comum e não para o próprio bem.

4º - Bem-aventurado o político que se considera fielmente coerente e respeita as promessas eleitorais.

5º - Bem-aventurado o político que constrói a unidade e, fazendo de Jesus o seu centro, a defende.

6º - Bem-aventurado o político que sabe escutar o povo antes, durante e depois das eleições.

7º - Bem-aventurado o político que não tem medo, sobretudo da verdade.

8º - Bem-aventurado o político que não tem medo da mídia, porque no momento do julgamento deverá responder somente a Deus.

Augusto disse...

Alguém poderia abandonar Renan em algum local inóspito, sem o menor resquício de civilização e de recursos públicos.
Poderia se domiciliar, talvez, no pequeno arquipélago de São Pedro e São Paulo e, quem sabe, desaparecer para sempre, não só da política.