quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mito

Todo mito visto de perto vira mico.
Será?

3 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

A muita convivência será talvez uma lente a revelar o que à distância parecia antes agradável sedução.

Ver, p. ex., o mito feminino.

Visto de perto, de perto, de perto e amiúde, vai para muito longe. Avultam a celulite, a vaidade oca, a futilidade, a inveja, a insegurança, gorduras localizadas. Um organismo atormentado pela tempestade hormonal e as conveniências do papel tradicional, agora tentando equilibrar-se entre a maternidade e os trabalhos e a liberdade.

É este mito que vê também desmoronar-se, agora, o do Homem provedor. Este segue assustado; vê fugirem-lhe os caminhos antes exclusivos, quase perde a consciência de si.

Homens e mulheres precisam agora reinventar-se, mais próximos, menos mitos, mais humanos, contingentes, fraternos.

Sávio Bezerra disse...

«O mito é o nada que é tudo.

(Fernando Pessoa)

Anônimo disse...

Inclusive, né?