Suas ligações estreitas com a igreja católica, fizeram-no assumir os trabalhos de conclusão e colocação em funcionamento do Hospital Cura D'Ars, antiga iniciativa da previdência do clero, há tempos inconclusa.
Pela reputação que adquiriu, como profissional e cidadão, foi conduzido ao posto de secretário de saúde pelo governador Plácido Castelo. À frente da pasta, veio a dotar o estado de modernas estrutura médicas, na capital e no interior.
Assim foi com o Serviço de Prevenção do Câncer Ginecológico, o Centro de Saúde de Sobral, o Serviço de Verificação de Óbitos e o Hospital São José de Doenças Transmissíveis.
Era a infraestrutura que faltava para uma ação mais efetiva de saúde pública.
Ligado à igreja católica, conseguiu para o estado a cessão de antigas dependências, nunca usadas, destinadas a um dispensário para tratamento de tuberculosos, com fim de adaptá-las para instalação de um hospital de doenças transmissíveis, de cuja existência Fortaleza se ressentia.
Devo-lhe a oportunidade que me ensejou, como médico recém chegado de São Paulo, onde me especializara, de organizar, instalar e ser o primeiro diretor do Hospital São José, que tantos serviços prestou, e presta, ao povo.
Esta passagem da minha vida terá sido de suma importância a tudo que viria me suceder mais tarde, como médico e político. Devo-lhe este reconhecimento, de resto feito por mim algumas vezes, desde quando tive a honra de sucedê-lo como secretário de estado.
Como governador, dei seu nome ao Serviço de Verificação de Óbitos, construído durante minha gestão, homenagem à sua memória e seu pioneirismo.
Foi um católico militante, marido e pai de família exemplar, constituindo com dona Zilda um casal digno de nossa maior admiração.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
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2 comentários:
Está voltando com tudo, hemmmm Lúcio Alcântara.
Precisamos dos seus comentários sobre nosso estado e nossa prefeitura.
Aguardamos mais!!!!!!!!
E o atual gramado do castelão uma vergonha nacional.
Caríssimo Dr. Lúcio Alcântara,
Agradeço, sensibilizado, seu registro carinhoso e preciso da trajetória de vida pública e pessoal de meu pai, Dr. Rocha Furtado.
O jantar de celebração do centenário de nascimento do Dr. Rocha Furtado foi uma oportunidade para que familiares e amigos - entre os quais destaco nossos queridos Lúcia, Antônio Carlos, Ciro e Carla - pudessem rememorar momentos marcantes de sua vida e as inúmeras lições de honestidade, generosidade e amizade que deixou para todos nós.
Uma dessas passagens diz respeito a um princípio do qual meu pai nunca se afastou, em todos os atos que praticou como administrador público. Quando comandava a Secretaria de Saúde do Ceará, o Dr. Amir Franco, então diretor do Hospital de Saúde Mental de Messejana, pediu exoneração do cargo, por motivos pessoais. Meu pai fez uma escolha absolutamente técnica do substituto, recaindo no nome do Dr. Paulo Picanço, o qual sequer conhecia.
Foi a única vez que o Gov. Plácido Castelo, sem saber do convite feito por meu pai, comunicou-lhe ter um candidato para o cargo. Meu pai argumentou que já tinha feito um convite. Como Dr. Plácido insistiu, meu pai colocou-lhe dois cargos à disposição: a direção do Hospital e o próprio cargo de Secretário de Saúde. Dr. Plácido preferiu manter o Secretário de Saúde...
Esse episódio ilustra que a nomeação feita por meu pai, em 1970, do jovem médico Lúcio Alcântara para a direção do Hospital São José, em nada se deveu aos laços de amizade e respeito que meu pai e minha mãe sempre tiveram pelo Dr. Waldemar e D. Dolores.
Sua nomeação para o primeiro de tantos cargos públicos que honraram o Estado do Ceará, Dr. Lúcio, aconteceu porque meu pai viu, em sua pessoa, a competência técnica e as habilidades de gerente e líder, que foram fartamente demonstradas ao longo de sua bem sucedida vida pública.
Meu pai não o teria nomeado por outro motivo, pois isso contrariaria seu princípio inabalável de que cargos técnicos na administração pública devem ser ocupados por pessoas idôneas e qualificadas.
Receba, portanto, em meu nome, de Marta, Bruno e Danilo, os mais sinceros agradecimentos pela demonstração pública de carinho e amizade ao meu pai, José da Rocha Furtado.
Adolfo Furtado.
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