A propósito do ateísmo, e mesmo do neo paganismo, que parece estar a avançar na sociedade moderna, o professor universitário João César das Neves vem de escrever artigo no jornal Diário de Notícias sobre fé e razão, apoiado na obra de Hillaire Belloc (1870-1953), Survivals and New Arrivals. The Old and New Enemies of the Catholic Church, de 1929, reeditado pela Tan Books, em 1992.
No livro, é feita uma análise dos três adversários da fé católica nos idos de 1929. O nazismo ( e o fascismo), o anticlericalismo, maçon ou liberal, e o agnosticismo superficial da autodeterminada "mente moderna". O articulista se fixa na análise do que chama de neo paganismo avassalador, centrado no combate à família e a vida humana, antevisto por Belloc.
No cerne do debate atual estariam, portanto, temas de grande atualidade, a família, o aborto, a eutanásia, o casamento entre pessoas do mesmo gênero.
O dilema entre a crença e a descrença, a existênia ou não de Deus, não se resolve, porque nenhum dos lados envolvidos na discussão, consegue provas irrefutáveis que comprovem sua opinião. Os que acreditam, sustentam-se na fé, que dispensa prova material. Os que não creem, apoiam-se na ciência, mas não são conclusivos.
Reparem que mesmo os novos ateus, na sua pregação, são cautelosos quando dizem: Deus provavelmente não existe...
Da liberdade de crer faz parte integrante a de não crer, como sombra dela. É o lugar da liberdade não apenas de pensar, mas de humanamente respirar e existir, escreveu Eduardo Lourenço, no prefácio ao livro Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Três Últimos Séculos de Antero de Quental, Tinta da China, Lisboa 2008.
Saiba mais no Diário de Notícias, edições de 11, 12 e 19 de janeiro de 2009.
sábado, 31 de janeiro de 2009
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