segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Venezuela


Sondagens de opinião feitas na Venezuela e divulgadas pela imprensa, apontam para a possibilidade de rejeição às reformas constitucionais patrocinadas pelo Presidente Hugo Chávez e aprovadas pelo Parlamento, agora sob consulta popular.

Mesmo entre os chavistas, há um percentual elevado de eleitores contrários às propostas. Ocorre que boa parte deles, satisfeitos com outras ações do Governo, prefere abster-se de votar. A vitória de Chávez pode depender do percentual de abstenção de seus adeptos.

A impressão que se tem, vendo o cenário à distância, é que a oposição cresceu engrossada pela militância aguerrida dos jovens e impulsionada pela ameaça à propriedade privada e restrições às liberdades individuais, contidas nas mudanças submetidas ao referendo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,

O facínora Chavez é um maldito tiranete que precisa ser detido, sob pena de implantar mais um regime sanguinário de esquerda na América Latina.

Fico feliz de ver que a juventude de lá não foi cooptada pelo governo, como a brasileira infelizmente já foi: a UNE é hoje nada além de um braço político-baderneiro do PT, recebendo polpudas verbas. Tal qual o MST, a CUT e muitas ONGs de esquerda, que parasitam no erário do país.

Torço para que o NÃO vença, pois ele representa o sim à democracia. Se ele conseguir se perpetuar, vai ser um grande estímulo a uma tentativa de reeleição perpétua aqui também, pois demonstrações públicas de cumplicidade e de alinhamento Lula e Chavez já deram.

Cris

Roney Aguiar disse...

Infelizmente o avanço da esquerda acontece sem que a maioria se dê conta do que isso representa como ameaça à democracia. O senhor já ouviu falar no Foro de São Paulo? Fico impressionado de saber que a imprensa ignora uma reunião de chefes de estado e guerrilheiros narcotraficantes.

Célio Ferreira Facó disse...

Da AMÉRICA LATINA temo a sorte. Jamais pôde livrar-se direito do terrível jugo colonial europeu, que se instalou desde a descoberta, trazendo para aqui sobretudo os vícios, as ambições vis do Velho Mundo. Mais tarde, as guerras de independência quase apenas serviram para mitigar, disfarçar este fardo. Nem as esquerdas souberam jamais compor-se como força original, incorruptível. Ainda hoje, Venezuela, Bolívia e Equador vivem premidos pela miséria, o desemprego e a exploração de suas riquezas por grupos econômicos e potências de primeira grandeza. Seus presidentes mal reagem ou o fazem equivocadamente, por apelos populistas, demagógicos. Nesse ínterim, a maioria da população aplaude-os; as elites, oligarquias, tratam de denegri-los. No Brasil, Lula elegeu-se para mudar, reformar; exprimia a mesma insatisfação partilhada pelos "hermanos", ainda que sem a agressividade deles. Depois, com surpresa, preferiu sedimentar-se junto às elites, manteve a política econômica do antecessor, neoliberal, esqueceu-se da voz das ruas e das próprias promessas. Que o digam os bancos! O desemprego permanece, o trabalho informal aumenta, o salário mínimo continua mínimo.

Armando Rafael disse...

(residente em Crato-Ceará)

Dr.Lúcio:
Será que ainda existe alguém, medianamente inteligente, que espere algo bom do ditador Chávez. Veja a nota abaixo divulgada hoje pela Agência AFP:

América Latina
Sábado, 24 de novembro de 2007, 13h14
Chávez ameaça enviar religiosos para a prisão

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, insultou e ameaçou na sexta-feira à noite enviar para a prisão os principais religiosos do país, caso se envolvam em ações que desestabilizem seu governo, em mais uma polêmica de seu governo.

» Entenda a reforma proposta por Chávez

"Reitor Luis Ugalde, uma vez o perdoei, mas se o fizer outra vez vai parar na prisão Yare, com batina e tudo. E você também cardeal", disse Chávez, a respeito de declarações do reitor da Universidade Católica Andrés Bello e do cardeal Jorge Urosa Sabino contra a reforma constitucional.

O presidente venezuelano chamou de "vagabundos", "meliantes", "aduladores", "estúpidos" e "retardados mentais", entre outras coisas, a hierarquia da Igreja, que criticou em um documento público a proposta de mudança da Constituição, que será submetida a um referendo no dia 2 de dezembro.

"São o demônio, defensores dos mais podres interesses, são uns verdadeiros vagabundos, do cardeal para baixo", disse Chávez em um polêmico programa noturno da televisão estatal. A Igreja venezuelana divulgou em 19 de outubro um documento no qual critica a proposta constitucional porque "limita a liberdade dos venezuelanos, incrementa excessivamente o poder do Estado, elimina a descentralização e o governo controla muitos espaços da vida cidadã". "Que rezem 100 pais-nossos e 100 ave-marias de joelhos", completou um irado Chávez.