sábado, 2 de janeiro de 2016

Fortaleza

A atual administração municipal vai passar à história como aquela que perdeu de vez o controle dos espaços públicos e da limpeza urbana.

Sem ter apoiado o atual prefeito cheguei a admitir comigo mesmo que médico, dono de formação acadêmica e passagem por universidade americana fosse capaz de modernizar e inovar a administração municipal, melhorar a prestação de serviços a cargo do município, vigiar e fazer cumprir a legislação e preservar as áreas de uso comum, ruas, avenidas, praças, de avassaladoras ocupações irregulares, de toda sorte, como ocorre atualmente.

O incentivo ao ciclismo e a prioridade concedida à circulação dos transportes coletivos, com improvisações e simplificações discutíveis, constituem medidas acertadas e dignas de apoio no tocante à mobilidade urbana.

No geral infelizmente me enganei ! Vivemos numa cidade sem lei. Onde sob os mais diversos argumentos se descumprem as normas de convivência entre os atores que ocupam o cenário citadino. A tolerância, principalmente com os humildes e mais pobres é uma virtude. Exagerada, sob a ótica do gestor público passa a ser comportamento condenável passível de responsabilização na esfera judicial.

O espaço público é por sua natureza palco de conflitos e o prefeito o árbitro eleito para administra-los. É tarefa custosa mas indeclinável, responsabilidade inerente ao cargo que ocupa. Fazer vista grossa à essas obrigações, é lavar as mãos diante de problemas que repercutem gravemente no presente e no futuro da cidade. O poder público perdeu o controle da cidade mesmo na porção sobre a qual ainda exercia domínio.

Minha maior preocupação é que essa falta de ação do poder público tenha determinado danos irreparáveis à cidade de que o centro é exemplo gritante. Creio que se o prefeito desse uma volta a pé pelo centro da cidade, diante do descalabro reinante, renunciava ao mandato. O que os olhos não veem o coração não sente. Assim é melhor não ir até lá.





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