quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sêca

Quando senador conheci um projeto de construção de pequenas barragens submersas, de baixo custo, integradas ao ambiente natural que considerei valiosa contibuição no combate à sêca e recuperação ambiental.

A experiência era conduzida pelo engenheiro José Artur Padilha em sua fazenda Caroá, município de Afogados da Ingazeira no sertão do Pajeú, Pernambuco.

O fundamento do projeto é óbvio, simples, barato e eficiente. Como diz seu criador"nosso aleijamento cultural nos impede de ver obviedades".

Promovi uma viagem com integrantes do governo estadual para conhecermos in loco a experiência denominada por seu autor de "Conceito Base Zero".

Com pouco empenho dos responsáveis pelo setor a iniciativa pouco prosperou. Desdenhava-se de uma forma viável de armazenar água, promover a irrigação e a regeneração do solo.

Durante meu governo retomei a ideia, incluindo-a no âmbito de projeto financiado pelo Banco Mundial com execução a cargo da Secretaria de Recursos Hídricos.

Vários municípios foram beneficiados. Recordo-me de Canindé, Irauçuba e outras áreas do sertão central e zona norte.

Certamente foi pouco diante do tamanho do problema ambiental que enfrentamos. O pior foi a interrupção do projeto. Coisas simples, anda que eficientes, parecem não interessar a formuladores e executores de políticas públicas.

Padilha chegou a ser um dos diretores do DNOCS mas não creio que em sua curta passagem por aquele órgão tenha conseguido inocular na cultura da instituição suas ideias para lidar sabiamente com as peculiaridades da caatinga.

Saiba mais no jornal O Estado de São Paulo, edição de 21/11/12



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