segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Leitura

Acabo de ler Traduzindo Hannah, de Ronaldo Wrobel, editora Record. Dos romances que li ultimamente foi um dos que mais me agradou.

O enredo gira em torno da migração judaica para o Brasil e a Argentina na primeira metade do século passado intensificada pela perseguição aos judeus desencadeada a partir da assunção de Hitler ao poder a frente do nazismo.

O Rio de Janeiro é o grande cenário do romance. A ficção reproduz a vida daquela comunidade na então capital do Brasil com todas as vicissitudes dos imigrantes pobres atraidos para uma nova terra onde os aguardavam oportunidades e dificuldades a vencer.

É a história das "polacas" prostituídas exploradas por rufiões, dos mascates oferecendo seus produtos de porta em porta, da vida que girava num núcleo urbano que tinha como epicentro a Praça Onze.

A moldura institucional era dada pelo estado novo e a ambiguidade política de Getúlio que vacilava entre a Alemanha e os Estados Unidos enquanto sua polícia espionava comunistas entre judeus recém chegados.

Ao longo do texto sobram expressões e referências aos costumes judaicos preservados pela comunidade amalgamada por suas tradições religiosas.

Dessas passagens pincei duas que representam bem o humor e uma forma algo cética com que encaram a vida.

continua...

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