segunda-feira, 2 de julho de 2012

Religião

O censo do IBGE revela que na década de 2000/2010 o número de católicos diminuiu em 1,6 milhão de fiéis. A igreja católica perdeu 456 seguidores por dia em uma década.

No mesmo período os evangélicos passaram de 15% para 22% um aumento de 16 milhões. Dentro do grupo aconteceram migrações entre igrejas. A igreja universal, por exemplo, perdeu 10% dos fiéis em 10 anos.

Também cresceu o número de brasileiros que se declararam sem religião. O ritmo de crescimento desse segmento perdeu velocidade. E m 1991 eram 4,7%. Na década passaram de 7,4% para 8%.

Piauí e Ceará são os estados com o maior percentual de católicos; no Rio de Janeiro está o menor percentual, abaixo de 50%. A média nacional de católicos é de 64,63%.

O Ceará foi o estado onde mais cresceu o número de evangélicos, 78,4%. Roraima e Acre foram os que mais perderam católicos.

Numa tentativa de explicação para o crescimento do número de evangélicos o cientista político César Romero Jacob, da PUC-Rio, aponta a expansão desse grupo na periferia das cidades, fenômeno que denomina de "anel pentecostal," e na fronteira agrícola-mineral no Norte do país.

Com um governo muito centralizado e uma rígida hierarquia a igreja católica teria encontrado dificuldade para se adequar às mudanças populacionais ocorridas no período levantado.

Em relação às preferências religiosas o que se observa é um trânsito das pessoas entre diferentes opções numa impressionante volubilidade de crença.

É como se as pessoas numa permanente busca não encontrem em nenhuma das religiões resposta para suas demandas espirituais.

Daí enveredarem com frequência por um caminho que ajusta a fé à sua necessidade e entendimento pessoal, uma espécie de religião feita para si, sob medida.

Saiba mais em O Globo, O Estado de S. Paulo, O Povo e o Diário do Nordeste, edições de 30/06/12.

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