O excesso de partidos, muitos com existência meramente cartorial, é na opinião de alguns estudiosos um fator importante a concorrer para a baixa funcionalidade da democracia brasileira.
A proliferação de siglas acaba por pulverizar a representação legislativa obrigando o executivo a concessões e alianças que comprometem o desempenho do governo e muitas vezes ferem a ética.
Uns mais, outros menos, todos sucumbem à essa realidade.
A sociedade deve ser livre para se organizar em tantos partidos políticos quanto ache necessário.
Já o gozo de prerrogativas custeadas pelo tesouro, tais como espaços "gratuitos" no rádio e televisão, fundo partidário, estruturas de suporte nos parlamentos, só deveriam estar disponíveis quando essas agremiações atingissem uma mínima expressão eleitoral.
Em resumo, partidos poderiam nascer à vontade mas precisariam crescer para aparecerem. Iniciativas destinadas a conter a farra partidária têm esbarrado na justiça.
A recente decisão da justiça que estendeu ao recém fundado PSD direito ao fundo partidário e ao espaço na televisão e rádio no horário eleitoral vai na contramão dessa ideia, antes estimula a criação de novos partidos garantindo que usufruam direitos antes que comprovem sua expressão eleitoral nas urnas.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
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