A questão não é nova nem tão simples quanto pode parecer. Interessado no tema procurei conhece-lo melhor e discuti-lo em minhas passagens pelo parlamento.
Há quem veja nas posições de Collor, Sarney e militares o temor quanto à revelação de certos atos de seus governos e atuação de integrantes das forças armadas nos anos em que estiveram no poder.
Para afastar a suspeita Sarney apressou-se em esclarecer que o segredo perpétuo exclue fatos da história recente prevalecendo apenas para o passado remoto vinculado a legítimo interesse nacional.
O Itamaraty argumenta em favor da sua tese com eventuais embaraços que a publicidade de certos documentos acarretaria em relação aos nossos vizinhos.
As fronteiras do Brasil estão consolidadas há séculos e a integridade do território nacional assegurada dentro de limites irrefutáveis. Não há litígios ou pendências com paises limítrofes.
Todavia nossas fronteiras nem sempre foram estabelecidas pela força das armas. Devemos muito de nossa extensão territorial a negociações bilaterais e decisões de árbitros internacionais convencidos pela documentação e argumentos reunidos pelo Barão do Rio Branco.
Ainda assim a questão é sensível porque, digamos, nem sempre os métodos empregados teriam sido ortodoxos, para sermos sutis. A revelação dessas e outras negociações poderia constranger vizinhos e até, quem sabe, assanhar reivindicações adormecidas no leito da história.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
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Um comentário:
Gosto de política assim, que pensa maior, que pensa nos problemas da nação e deixa de viver em torno do umbigo.
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