O Nordeste do Brasil é um destino turístico de longa distância. Vôos são insumos determinantes para essa atividade econômica produzir os benefícios sociais almejados. Analisando os números das séries históricas publicadas pelo Ministério do Turismo, Infraero e Secretarias do Turismo dos Estados nordestinos, pode-se construir com simplicidade a taxa de dinamismo do Setor nas economias dos Estados da região. A principal vantagem em acompanhar os Agregados Turísticos é eliminar a subjetividade e a emoção do processo de análise da performance das políticas públicas que orientam a indução ao setor. Outra vantagem é conhecer o grau de efetividade da gestão dessas políticas.
Um desses Agregados é o comportamento dos desembarques internacionais e nacionais (domésticos) nos aeroportos. Evidentemente que existem outros Agregados, contudo analisar os números dos movimentos de passageiros publicados pelo MTUR e Infraero permite aprofundar o conhecimento sobre o estado geral desse etor vital para as metas de inclusão social dos Governos.
Tomemos os números do Brasil e dos três maiores Estados da região, examinando as planilhas dos dados consolidados de 2003, 2006 e 2009. Entre 2003 e 2006 os desembarques internacionais no Brasil cresceram 22,45%, o Ceará cresceu 71,57%, a Bahia (Salvador + Porto Seguro) cresceu 177,08% e Pernambuco avançou 39,35%. Já no período 2006 a 2009, o Brasil evoluiu 7,82%, o Ceará regrediu 16,54%, juntamente com a Bahia (16,18%), enquanto Pernambuco cravou um incremento de vigorosos 21%.
Um olhar sobre os desembarques domésticos tem-se que o Brasil avançou, no período 2003/2006, 46,9%, o Ceará 76,05%, Pernambuco 44,89% e a Bahia 52,16%. Observa-se que o Ceará obteve, neste período, o melhor desempenho neste quesito e o segundo melhor no quesito desembarques internacionais. No período 2006/2009 observa-se um equilíbrio nas variações positivas dos desembarques domésticos, onde o total no Brasil contabilizou aumento de 27,77%, a Bahia 33,41%, Pernambuco 33,32% e o Ceará 32,37%. Esses números capturam os fluxos turísticos de negócios, lazer e eventos, os quais se distribuem de maneira diferenciada em cada ente federativo.
Não seria equivocado afirmar que a maioria dos Estados do Nordeste do Brasil ainda não possui programas capazes de incentivar o setor privado responsável pela acessibilidade aérea. A raiz do problema está na ausência de um debate de alto nível quanto ao superado modelo de desenvolvimento econômico vigente, capaz de produzir a incorporação de vocações naturais, como turismo e cultura, como vetores mais fáceis para alcançar a prosperidade social. Isso também explica o atoleiro insuperável dos indicadores sociais que apenas arrastam-se ao longo do tempo.
Allan Aguiar - Ex-Presidente da EMPETUR, ex-presidente da Fundação de Turismo Integrado do Nordeste – CTI/NO e ex-secretário do Turismo do Ceará. (Artigo extraído do Blog do Eliomar)
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2 comentários:
Em 2011 é CIDenovo!!!
EDUARDO, DEIXA DE SER PUXA SACO! TENHO CERTEZA QUE VOCÊ TEM UM CARGO DE CONFIANÇA NO GOVERNO. BABÃO!A SUA MOLEZA ESTÁ COM OS DIAS CONTADO. soLUCIOna ceará.
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