terça-feira, 27 de abril de 2010

Planejamento

Na edição de domingo, 25/0410, o Diário do Nordeste estampou na primeira página a manchete:

Desafio
Capital sem planejamento
O inchaço de Fortaleza, percebido há anos, ainda não é combatido de modo eficiente pelos gestores

Na Câmara de Vereadores o assunto tem sido debatido por iniciativa do vereador Gelson Ferraz, que suscitou discussão em torno da reativação do IPLAM. Pelo que li nos jornais a administração municipal não demonstrou interesse pelo tema.

Considero essencial para uma cidade do porte de Fortaleza a existência de um forte órgão de planejamento capaz de coordenar as diretrizes de desenvolvimento urbano, elaborar projetos, de forma integrada com as demais políticas públicas, de saúde, educação, e outras, detendo ainda a competência para elaborar o orçamento e controlar sua execução.

Não foi outra coisa que fiz quando estive à frente da Prefeitura de Fortaleza e criei a Superintendência de Planejamento do Município (SUPLAM), sob a forma de autarquia, transformada em IPLAM em outra gestão. Enfraquecido institucionalmente definhou até ser extinto.

Pela primeira vez foi institucionalizada aqui a participação popular através de mecanismos objetivos sendo um dos exemplos a realização anual do Forum Adolfo Herbster.

O modelo que adotei foi inspirado em Curitiba, com adaptações para nossa realidade. Lá a proposta teve continuidade com os prefeitos que se seguiram a Jaime Lerner, independente de filiações partidárias, diferente do que ocorreu aqui.

Curitiba ganhou, Fortaleza perdeu.

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