quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Poesia

Há uma linha de Verlaine
De que nunca mais me lembrarei

Há um espelho que já me viu
Pela última vez

Há uma porta fechada
Até o final dos tempos

Entre os livros de minha biblioteca
Há alguns que já não tornarei a abrir

Jorge Luis Borges, no poema Limites

Um comentário:

Célio Ferreira Facó disse...

Oh! Todas as oportunidades perdidas! E o tempo que não retornará!

Segue a vida como um vagão que destruísse imediatamente os trilhos sobre os quais acaba de passar.

É o que a fleuma dos ingleses ensina na máxima: “Opportunity never knocks twice”.

Ou a velha sabedoria de Heráclito no provérbio: “Não se entra no mesmo rio duas vezes”.

E há as partidas, todos os últimos atos, as despedidas. Muitas das quais nem sabemos que o serão para sempre.

Por isso é preciso colher mais do bem e do bom de cada vez, em toda a parte.