sábado, 28 de novembro de 2009

Implicâncias

O Mauro Chaves, do jornal O Estado de S. Paulo, vem de publicar artigo naquele periódico, sob o título Meu rol de implicâncias, no qual relaciona algumas expressões de uso comum na imprensa que o incomodam, por considerar que comprometem as boas regras de estilo.

1- Recorrente. É a palavra mais recorrente do discurso que se pretende inteligente.

2- Marco regulatório. Tem um soar técnico para ouvidos desprovidos. Se é para se referir a um conjunto de normas que regulam o serviço público prestado por empresas privadas, porque não dizer simplesmente regulamentação, normas ou apenas regras?

3- Bordões. Repetidos à exaustão por apresentadores ou narradores esportivos, Daqui a pouco a gente volta ou Obrigado pelo carinho e pela audiência, parecem a única maneira de se comunicar com ouvintes e telespectadores.

4- Deu sorte. Antigamente se dizia que alguém teve sorte quando obteve algo bom. Agora, costuma dizer-se que alguém deu sorte. Por que deu, quando de fato recebeu?

5- Risco de morte. Trocou-se risco de vida por risco de morte. O primeiro significa o perigo que a vida da pessoa está correndo. Risco de  morte seria o perigo da morte não ocorrer, isto é do sujeito se tornar imortal?

Há outros exemplos de implicância estilística do autor, que você poderá conhecer na edição de 07/11/09 do jornal O Estado de S. Paulo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,


Tem coisa pior do que " BOM DIA OU BOA NOITE A TODOS E A TODAS??????????????????????????????????

José de Arimatéa dos Santos disse...

Sem criatividade é o: "Com certeza!"

Anônimo disse...

Hoje ouvi um empregado do Extra da Aguanambi falar para um cliente que estava ali para fazer uma reclamação:

- Pois sim?

Ora pois sim...

Anônimo disse...

Imagine como o Senhor, na qualidade de Governador do Ceará, fartou-se de ouvir "QUEBRANDO PARADIGMAS"....ou ainda: Estamos startando....e o pior dos piores, citado por analfabetos de pai e mãe: Estamos começando a startar...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Fernando Diógenes disse...

E o alto escalão do governo Lúcio, o manda-chuva engenheiro inquestionável, que não se cansava de usar "um plus a mais" para dar início a todas suas importantes falas dentro da administração estadual!!!!
Pense na mala!!!!

Ivana Maia disse...

Ah, Fernando Diógenes, quem será esse engenheiro inquestionável? Será que é quem eu estou pensando? Vixe...