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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Formigas e Cigarras
Na política, como na natureza, há formigas e cigarras. Uns trabalham, outros cantam. Uns produzem, outros gozam.
9 comentários:
Anônimo
disse...
É, dr. Lúcio, l'exactitude de citer est un talent beaucoup plus rare qu'on ne pense, já nos ensina Pierre Bayle.
Breve reportagem em O Povo, hoje, refere a tentativa de um Victor Rafael Herzog, na Assembléia Legislativa, de reformar o “sistema”. Agarrado e imobilizado, foi dali ao hospital.
Não consta que o rapaz, se o deixassem agir, tivesse o Plano de uma reforma feliz. Pode ser que a sua, aplicada geralmente, fosse considerada ilegítima, casuísta, muito pior. Note-se que quis começar por “reformar” a Casa que deve discutir e aprovar legitimamente as novas mudanças, instituições.
Certo precisa de alterações nossa Assembléia Legislativa. Ela e outros Legislativos. Estes e a administração pública. Esta e o Estado brasileiro. Este, e o mundo, e as pessoas.
Nasce sob horizontes sombrios 2009. Há escassez de crédito e de emprego; piorarão talvez as coisas.
Como reformar tem, porém, desafiado as maiores cabeças. Ainda se discute o modus operandi.
Parece consenso desde o fim da Revolução Francesa que a violência, o terror, a força e a guerra civil não geram senão mais aberrações, novas violências.
Thomas Carlyle, concluindo a sua história daquele período da França, escreveu: “Revoluções terão de ser agora cada vez mais suaves”.
No mesmo Jornal, lemos de outras tentativas impotentes de reformas, segundo Gilvan Rocha: o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que diagnosticou que é preciso alterar o modo de produção capitalista, a ideologia do Mercado feito Deus, e o Fórum Social Mundial, que ele lamenta seja algo muito cosmético, quase como a atabalhoada iniciativa do rapaz da Assembléia.
Com efeito, não se vive só de pão. Já o disseram Cristo, Marx, Engels. O próprio socialismo precisa rever-se, adotar novos paradigmas; frustrantes as experiências reais.
É o Editorial de O Povo que sugere um modo mais eficaz de proceder a mudanças agora: a ação humanitária. Exemplifica-a em ação com a libertação de reféns na Colômbia, a oferta de asilo aos prisioneiros de Guantánamo, a iniciativa de Obama.
Este Editorial, falando sobre casos particulares, sugere o que pode ser um algoritmo de mudanças gerais: “A solução terá de ser buscada em um acordo político.. Vale ressaltar... a recorrência... de solução política”. O editorialista, sutilmente, aproveitou e quis inserir aí até o asilo a Battisti, o criminoso italiano.
Reformas urge construir; Lula as ficará devendo a esta República. Como seja, elas têm de nascer como vontade em cada um de nós.
Filho de Maria Dolores Alcântara e Silva e do ex-Senador e ex-Governador do Estado do Ceará, José Waldemar Alcântara e Silva. Formei-me em Medicina pela Universidade Federal do Ceará em 1966. Casado com a escritora Beatriz Alcântara tenho dois filhos, Daniela e Leonardo.
Mande sugestões de assuntos para discutirmos. Deixe seus comentários, se possível com o endereço de e-mail para que eu possa responder a mensagem. Se achar um comentário interessante, envie a um amigo ou amiga. Utilize este espaço como um ponto-de-encontro. E se quiser falar comigo, o email é lucioalc@gmail.com
9 comentários:
É, dr. Lúcio, l'exactitude de citer est un talent beaucoup plus rare qu'on ne pense, já nos ensina Pierre Bayle.
Com certeza Dr. Lúcio, esse é o mais puro retrato da atualidade politica em nosso Estado, infelizmente.
E o pior: tem cigarra que canta as músicas de formiguinhas silenciosas.
Só aqui tem cigarra que adora cigarro!
Muitas cigarras!!!
E quando acabarem as obras da formiga e chegar o inverno? Ai de nós!
VOLTA DR.LÚCIO...QUE FALTA FAZES AQUI....
Verdade !!! Está tudo atravessado.
Breve reportagem em O Povo, hoje, refere a tentativa de um Victor Rafael Herzog, na Assembléia Legislativa, de reformar o “sistema”. Agarrado e imobilizado, foi dali ao hospital.
Não consta que o rapaz, se o deixassem agir, tivesse o Plano de uma reforma feliz. Pode ser que a sua, aplicada geralmente, fosse considerada ilegítima, casuísta, muito pior. Note-se que quis começar por “reformar” a Casa que deve discutir e aprovar legitimamente as novas mudanças, instituições.
Certo precisa de alterações nossa Assembléia Legislativa. Ela e outros Legislativos. Estes e a administração pública. Esta e o Estado brasileiro. Este, e o mundo, e as pessoas.
Nasce sob horizontes sombrios 2009. Há escassez de crédito e de emprego; piorarão talvez as coisas.
Como reformar tem, porém, desafiado as maiores cabeças. Ainda se discute o modus operandi.
Parece consenso desde o fim da Revolução Francesa que a violência, o terror, a força e a guerra civil não geram senão mais aberrações, novas violências.
Thomas Carlyle, concluindo a sua história daquele período da França, escreveu: “Revoluções terão de ser agora cada vez mais suaves”.
No mesmo Jornal, lemos de outras tentativas impotentes de reformas, segundo Gilvan Rocha: o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que diagnosticou que é preciso alterar o modo de produção capitalista, a ideologia do Mercado feito Deus, e o Fórum Social Mundial, que ele lamenta seja algo muito cosmético, quase como a atabalhoada iniciativa do rapaz da Assembléia.
Com efeito, não se vive só de pão. Já o disseram Cristo, Marx, Engels. O próprio socialismo precisa rever-se, adotar novos paradigmas; frustrantes as experiências reais.
É o Editorial de O Povo que sugere um modo mais eficaz de proceder a mudanças agora: a ação humanitária. Exemplifica-a em ação com a libertação de reféns na Colômbia, a oferta de asilo aos prisioneiros de Guantánamo, a iniciativa de Obama.
Este Editorial, falando sobre casos particulares, sugere o que pode ser um algoritmo de mudanças gerais: “A solução terá de ser buscada em um acordo político.. Vale ressaltar... a recorrência... de solução política”. O editorialista, sutilmente, aproveitou e quis inserir aí até o asilo a Battisti, o criminoso italiano.
Reformas urge construir; Lula as ficará devendo a esta República. Como seja, elas têm de nascer como vontade em cada um de nós.
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