segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dívidas

Um desses economistas nobelizados, cujo nome não me recordo, afirmou, segundo li nos jornais, que a grande mudança na economia mundial deveria ser o desendividamento, dos governos, das empresas e das famílias. O mundo estaria envenenado por uma gigantesca dívida, que trava a movimentação da economia.

Em Portugal, o sobreendividamento a nível pessoal sobe e preocupa. Uma entidade, a Associação de Defesa do Consumidor (DECO), que tem um setor, o Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS), auxilia as pessoas em dificuldade para pagar empréstimos junto aos bancos.

Em 2008, foram atendidas 2.034 famílias nessa situação, 3% a mais que no ano anterior. Os casos de sobreendividamento devem-se, principalmente, aos três "ds": desemprego, doença, divórcio, que respondem por mais de 80% dos casos. O encarecimento do crédito já começa a aparecer como fator de inadimplência.

O fenômeno está associado à expansão desmedida do crédito.

A Associação só se ocupa de casos de consumidores de boa fé, com manifesta impossibilidade de cumprir os compromissos assumidos.

Pelo que sei, o endividamento de muitos brasileiros já está a justificar a criação de uma entidade que ajude os excessivamente endividados.

Saiba mais no Diário de Notícias, edição de 08/01/09.

3 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Foi o crédito concedido a esmo, longe de toda a prudência dos métodos de econometria, que fez surgir, nos EUA, esta supercrise financeira e econômica.

A grande onda espalhou-se pela Ásia e Europa com a força de vagalhões.

Por aqui, o governo noticiou outra vez que Deus seria brasileiro, afastaria a tempestade. Agora os ventos já se fortalecem, mas o governo, inerte, não baixa os juros, concede grandes dinheiros a bancos e montadoras. Emprego e empregados já sofrem.

Mas é lamentável constatar o cinismo com que corre a iniciativa privada, sempre defensora da atuação mínima dos governos na economia, ao erário público nas crises. Este oportunismo velhaco não lhe devia ser permitido.

Anônimo disse...

Bom dia! Dr. Lúcio.

Realmente aqui no Brasil já deveria existir um Órgão Governamental ou até mesmo uma ONG, que desse apoio aos endividados.
Pois se atrasamos qualquer pagamento, principalmente empréstimos bancários o nome vai direto para o SERASA E SPC, com uma velocidade fora do comum.

Oberdan Sousa
Técnico em Informática

Anônimo disse...

O atual governador do Ceará deveria frequentar cursos de como evitar gastos excessivos com coisas sem importância.
O pior é que é o povo cearense que paga essa conta!