segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Veja nota da revista Veja

Papai Noel da caatinga

Há um ano, o governador do Ceará, Cid Gomes, dispensou uma licitação de compra de livros didáticos para fechar um contrato de 7,5 milhões de reais com a editora Aprender. A empresa é ligada a Edgar Linhares, que preside o Conselho de Educação do Ceará e foi assessor de Cid Gomes quando o político era prefeito de Sobral. O Tribunal de Contas do estado considerou que a operação fora irregular e só não mandou cancelá-la porque isso deixaria os alunos sem livros no meio do ano letivo. Na semana passada, Cid mostrou que não está nem aí para o tribunal. Dispensou outra licitação, desta vez de 5,8 milhões de reais, para comprar mais livros da editora Aprender.

4 comentários:

Anônimo disse...

Tudo em família. Edgar Linhares é pai do ex-deputado Paulo Linhares, "carne-e-unha" com os Ferreira Gomes. Mas não procure notícias sobre o escândalo na TV O Povo: Paulo Linhares é o atual diretor da emissora. De novo. Tudo em família. (Josué de Lima)

Célio Ferreira Facó disse...

Não devíamos acreditar num governo capaz de contratar milhões e milhões do orçamento de uma Estado paupérrimo, ainda mero exportador de flores e abacaxis, SEM licitação.

Não devia a Assembléia Legislativa Estadual deixar que isto se desse sem o máximo, necessário controle investigativo.

Não devia a imprensa local descansar enquanto não se debatesse a plenos pulmões esta agressão contra todos os princípios da administração pública.

Não devia o eleitor, assim vilipendiado, esquecer-se do caráter de um governo tão pródigo com os recursos públicos.

Não devia o contribuinte prescindir jamais da cobrança desta conta.

Anônimo disse...

"Não tem como não enriquecer", dizem os amigos do governador.
A derrama do dinheiro público corre solta e nenhum órgão ou instituição faz nada.
Pelo visto, o Ministério Público estadual só existe no interior, nas pequenas e médias comarcas.
Enquanto os promotores e procuradores fingem que não vêem nada, os amigos/irmãos vão ganhando dinheiro público em contratos suspeitos que devem conter inúmeras irregularidades.
Vamos ver até quando algumas instituições vão ser subservientes e omissas.

Sávio Bezerra disse...

Tá tudo em casa. Péssimo isso.