domingo, 13 de janeiro de 2008

Humor II

Deu no português Diário de Notícias, edição de 12/01/08, Lisboa.

Os jesuítas em busca de seu novo lugar

Deles se contava uma anedota:
Em 1918, o Papa envia três religiosos à Rússia para tentar inverter o rumo da Revolução. Dois fogem. O terceiro, jesuíta, desapareceu e ninguém sabe mais nada dele. Trinta anos depois, chega uma mensagem ao Vaticano: Temos a maioria do Comitê Central. Aguardo instruções.

Essas lendárias paciência, sabedoria e eficácia são postas à prova na Congregação, que decorre em Roma.

5 comentários:

Manoel Júnior disse...

dr. lúcio,
um dia li no mentiroso livro de lênnin - "aos pobres do campo" - umas frases aclamando a liberdade religioso. no entanto, como se sabe, os comunistas estavam mais preocupado com a crença do povo na igreja do que com a melhoria das condições de vida deles.

com todo respeito, e sem querer agredir alguém que leve este estigma: os comunistas não merecem respeio, visto que são mentirosos, falsos, podres. "o brasil", já dizia mário quintana, "é o único pais do mundo em que ser comunista significa ter idéias boas". fale em comunismo para o leste europeu. graças a Deus que o plano de prestes fracassou.

o que o sr. acha da "insustentável leveza do ser", de milan kundera?

no mais, aguardo o sr. massacrando a "linda lins" em algum debate pra prefeitura de fortaleza.

abrços!

Célio Ferreira Facó disse...

Falar em instruções, NORMAS INTERNAS do Grupo de Comunicação O POVO, divulgadas agora, tratam de balizar a conduta de seus profissionais por ocasião das eleições deste ano. O “Manual”, como quer chamá-lo, ainda se elabora, pretende assegurar a isenção jornalística. Diz o que não precisava: não se transformem os corredores da Empresa em passarelas, palanques de nenhum candidato; nem os seus funcionários em distribuidores de panfletos. Vigia-lhes doravante as roupas, os carros, o transporte, as declarações. Chega a fingir acreditar que o uso talvez de um boné ou caneta assinados acarretaria “suspeições” sobre os trabalhos de um redator, um fotógrafo. Comete exageros, equívocos. Sem que se saiba apelando a que direitos, quer fazê-lo até “externamente”, fora da hora de trabalho, de férias, de folga. Não quer que participem de nenhuns atos de campanha. Mais um pouco e decretava-lhes a quarentena nalguma torre de marfim. Ameaça-lhes com a disciplina da Casa e as possibilidades da legislação trabalhista qualquer descumprimento. Evidente se engana, dá-se excessos. Não sei se os seus jornalistas não se sentiram intimidados, lesados em sua privacidade e cidadania com tantas e tais regrinhas. Evidente nada disso, ainda cumprido à risca, assegura a objetividade jornalística às suas coberturas, matérias. Esta surgirá de outros fazeres, disposições. A fidelidade aos fatos, por exemplo. E a crítica, a exercer-se sempre. E a justa, ampla vigilância, divulgação, esta sim, dos atos e das declarações dos candidatos, dos partidos. De todos eles. Sem omissões.

Anônimo disse...

Dr. Lúcio,
Você precisa ver o "Diario da Ronda do Quarteirão! no blog do Norton Lima Jr.(www.blogueisso.com/norton).Vale a pena saber das inúmeras trapalhadas desse projeto eleitoreiro e sem rumo.
Grande abraço.

Célio Ferreira Facó disse...

Respondo a Manoel Jr. Preferiríamos todos que você pudesse ao menos reler os seus textinhos antes de enviá-los: livrava-se e a nós de alguns erros grosseiros. Consegue satisfazer-se com Sarkozy, o que não se dá agora nem entre os próprios franceses. A aproveitar a sua resignação com a simples alternância de pessoas e partidos como critério dos bons governos, você estaria satisfeito ainda que fosse um fascista, um perseguidor a assumir o poder algures. Penso que precisará de uma camisa de força para reunir, comparar a França hodierna e a velha democracia ateniense. Conhecidas são as histórias da filosofia e da Grécia Antiga, mas não sei por que nomeia Heráclito, que nada tem que ver com este caso. Recomendaria que lesse de Simone de Beauvoir qualquer dos seus romances, memórias: aprenderá a indignar-se justamente, sairá do conformismo, compreenderá mais da realidade. Tolice esperar que alguém possa indicar-lhe o “melhor” de Alberto Camus. Cada um só poderá, quando muito, citar-lhe os livros deles; o “melhor” ficará para você escolher, se puder.

Manoel Júnior disse...

Célio Ferreira Facó,

desculpe pelos erros, é que, assim como você, eu não costumo usar a correção automática do word para comentar em blogs.

pois bem, sem querer descaracterizá-lo, justifico apenas a minha posição diante da citação que fiz de heráclito de éfeso. não sei se o sr. sabe mas heráclito caiu em contradição, uma vez que ao pregou a mutabilidade das coisas e não aceitou a mudança do governo, isto é, da aristocrácia para a democracia de péricle.(vide raymond aron)

quanto a literatura francesa, sobretudo alberto camus, perguntei porque o dr. lúcio tem autoridade para recomendar, diferentemente de alguns subletrados que se acham a verdade em pessoa e acabam por ocupar espaços que não deveriam ocupar.

vale ressaltar, a sua delirante atitude, ou seja, sair lendo os meus comentário com uma finalidade mais pútefre que a hipócrita dialética socrática.

no mais, encerro tal comentário, porque não vale perder tempo com um comentadorzinho de blog.

num debate, o que vale é a criação de idéias, e não este "blá blá blá" pusilânime que vem de você.

ah! quanto aos meus textos, há quem goste dele, e, mesmo que não houvessem, continuaria escrevendo, pois, diferentemente de sartre, eu não preciso de público.

abraços!