quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Julgar

Julgando o meu  Próximo

Um dos monges de Sceta cometeu uma falta grave, e chamaram o ermitão mais sábio para que pudesse julga-lo.
O ermitão se recusou, mas insistiram tanto que ele terminou por ir. Chegou ali carregando nas costas um balde furado de onde escorria areia.
- Vim julgar meu próximo - disse o ermitão para o superior do convento. Meus pecados estão escorrendo detrás de mim, como a areia escorre deste balde. Mas, como não olho para trás, e não me dou conta dos meus próprios pecados, fui chamado para julgar meu próximo.
Os monges desisitiram da punição na mesma hora.

Paulo Coelho

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