Amanheci a quinta feira com a triste notícia da partida do Sinésio. Um corpo de 97 anos, uma alma de criança. Como costumam ser as almas dos poetas.
O corpo gasto não suportou o trauma terapêutico. A lucidez não o abandonou até o fim.
Deixou pronto o último "Mensageiro da Poesia" que não pode levar no alforge da eternidade para entregar no paraiso celeste. Terá a oportunidade de passar a mensagem ele mesmo.
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Um comentário:
Fui aluno do professor Sinésio Cabral no velho Liceu. A sua gentileza para com toda a classe, buscando nos incutir o gosto pela Língua Portuguesa é uma das boas lembranças. Devo a ele, a primeira correção de uma música que fiz aos 16 anos de idade, com a qual concorri a um festival de Música que houve na Faculdade de Direito. Eram os anos de chumbo e ele achou que a letra teria problemas. E teve. Boa alma, a do Sinésio.
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