sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dickens

9 de fevereiro assinalou os 200 anos de nascimento de Charles Dickens, o escritor britânico que levou para a ficção as cenas miseráveis, que viveu na pele, da revolução industrial inglesa.

Poluição, sujeira, trabalho escravo, salários miseráveis, pobreza. Criador de tipos inesquecíveis, Pickwik, David Copperfield, Scrooge, Oliver Twist, entre outros, continua a ser um dos autores mais levados ao cinema e televisão.

Dickens, com o pai preso por acumulação de dívidas, se viu aos doze anos obrigado a abandonar a escola para trabalhar em uma fábrica cumprindo jornada de dez horas de trabalho para ganhar dez xelins.

Se esta experiência o inspirou a escrever David Copperfield não o tornou um amargurado, mas influiria em sua decisão de fazer da acumulação de dinheiro um bem sucedido projeto de vida.

Popular, realizava constantes e extenuantes leituras públicas que atrai am muitos ouvintes e lhe rendiam bastante dinheiro. Já doente, chegava a precisar de ajuda para entrar e sair do palco, faleceu aos 58 anos de idade após uma dessas audiências.

Seu nome ficou definitivamente ligado ao povo britânico pela atenção que emprestou aos mais pobres, aos injustiçados, aos oprimidos. Não é a toa que continua a ser lido e admirado.

Recordo-me bem do exemplar de David Copperfield que li na biblioteca de meu pai. Uma edição da José Olympio, com uma capa amarela ilustrada. Extraviado o volume muitos anos depois viria a adquirir um similar para amenizar a saudade de uma leitura da juventude.

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