Estou sob o céu de Lisboa, de cujo azul diáfano se irradia uma luz branca, que ilumina sem arder, e que encantou entre outros o cineasta Wim Wenders. São as brilhantes manhãs de inverno, como não as há senão em Lisboa, disse Almeida Garrett ao contemplar o Tejo de sua janela. Confirmo a impressão do reputado escritor.
Mesmo com baixas temperaturas, quando não chove tenho caminhado pela cidade, ido aos museus, percorrido a zona comercial, visitado monumentos, subido e descido ladeiras, algumas íngremes, esmiuçando prateleiras de livrarias e alfarrabistas, assistido a filmes e espetáculos.
Tomo o pulso à cidade, sou um flaneur, a apreciar sem compromisso a paisagem urbana feita de pessoas e prédios. Caminho bastante, para vencer maiores distâncias desloco-me em transportes públicos, autocarros, metro e comboio, que é como se chama o trem por aqui.
Integrado ao ambiente enfrento longas filas disciplinadas pela emissão de senhas individuais; prescindo dos fatos sociais, ando vestido esportivamente; encontro alguns amigos locais e já fui surpreendido no Rossio pelo grito cearense que invocava meu nome; levo o lixo aos pontos de reciclagem; compro o pão e outras mercadorias em padarias e supermercados.
Enfim, vivo como um homem comum. Aliás, comuníssimo! E digo, a experiência tem lá seus encantos.
Vou até utilizar o SNS (Serviço Nacional de Saúde), o equivalente do nosso SUS, para renovar receita de medicamentos de uso contínuo de meu consumo. Fui avisado por telefone que a consulta antes marcada para ontem, 23, fora adiada para o dia 7 devido à ausência da médica, Dra. M. Conceição. Agora irá me atender a Dra. Aldina. Esperemos.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
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8 comentários:
ÓTIMO RETORNO A BLOGOSFERA...
SENTIMOS FALTA DAS SUAS IDÉIAS
E COMENTÁRIOS LÚCIDOS...
ÓTIMO RETORNO A BLOGOSFERA...
SENTIMOS FALTA DAS SUAS IDÉIAS
E COMENTÁRIOS LÚCIDOS...
Bom que tenhas voltado.
Ha ha ha, adorei!
Caro Dr. Lúcio Alcântara,
Aproveitando a sua licença sabática, vai aqui a sugestão de visitar, acompanhado de sua amada Beatriz, o Mosteiro de Beja, e adentrar na intimidade da freira Mariana Alcoforado, para sentir a expressão do seu intenso amor proibido, manifesto nas Cartas Portuguesas.
Abraços de
Marcelo Gurgel
Caro Marcelo, por coincidência neste fim de semana estivemos em Beja e visitamos o convento-museu onde viveu e amou a Soro Mariana Alcoforado. Foi uma excelente visita. Valeu a pena. Abrs. do Lúcio.
Fico feliz com o retorno às postagens, não fora o respeito que guardei à sua voluntária licença sabática já teria sugerido e insistido pela volta. Eu e muitos sentimos falta desse convívio.
Seu relato é testemunho de sua grande sensibilidade, que há muito já pressenti. Reitero meu orgulho pela sua amizade.
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